sábado, 30 de abril de 2016

Ensino da Música a Crianças aumenta o desempenho escolar

Estudo levado a cabo pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo, conjuntamente com o Instituto ABCD (que estuda, identifica e trata os distúrbios da aprendizagem), encontrou várias evidencias do efeito positivo do ensino da musica em crianças dos 8 aos 10 anos, contribuindo em larga escala para o processo de leitura das mesmas.
Como refere o investigador e autor do estudo, Hugo Cogo Moreira,"Nunca essas teorias foram testadas dentro da sala de aula. Por isso, tudo o que tínhamos até agora era puramente teórico. Essa falta de evidências me levou a encabeçar o primeiro estudo clínico sobre o assunto."

Para este estudo, Moreira selecionou dez escolas da rede pública de São Paulo. Em cada uma delas, participaram do experimento 27 estudantes com idades entre 8 e 10 anos que comprovadamente apresentavam dificuldades de leitura. As instituições foram então separadas em dois grupos: o primeiro, chamado intervenção, recebeu aulas de música três vezes por semana durante cinco meses; o segundo, chamado controle, não recebeu nenhum tipo de atenção especial. A função do segundo grupo é servir de base para comparação.

Nas escolas do primeiro grupo, as aulas foram ministradas por dois professores. A preocupação era garantir que as lições não seriam interrompidas - quando um professor faltava, havia outro profissional de plantão. Os docentes também foram avaliados a cada 15 dias pela equipe da Unifesp para garantir que as aulas seguiam os mesmos padrões em todas as escolas, evitando assim que um determinado grupo de alunos fosse privilegiado ou prejudicado involuntariamente. Em sala, as crianças foram estimuladas a compor, cantar, improvisar e fazer exercícios rítmicos utilizando uma flauta doce barroca, principal instrumento usado na pesquisa.

Ao fim da investigação, foram feitas duas análises dos dados. Na primeira, as crianças que tiveram aulas de música foram comparadas àquelas que estavam nas escolas-intervenção mas que não compareceram a nenhuma aula. Os alunos que assistiram a todas as aulas foram capazes de ler corretamente, em média, 14 palavras a mais por minuto, demonstrando maior fluência. Além disso, foi constatado que, a cada bimestre, a nota final na disciplina de português dessas mesmas crianças aumentou em média 0,77 ponto, o que significa mais de 3 pontos ao fim de um ano letivo. Em matemática, o crescimento registando foi um pouco inferior, mas igualmente significativo: 0,49 ponto a cada bimestre, ou 1,9 ponto ao fim do ano.

Na segunda análise conduzida por Moreira, o estudo comparou as crianças das escolas-intervenção com as das unidades-controle. Os resultados foram menos expressivos do que os da primeira análise, mas apontaram igualmente para uma melhora no desempenho académico. As notas de matemática e de português subiram, respectivamente, 0,25 e 0,21 ponto por bimestre, ou 1 e 0,8 ponto até o fim do ano letivo. Houve melhora também no tocante à leitura: as crianças do primeiro grupo leram corretamente 2,5 palavras a mais por minuto. "Por se tratar de um estudo pioneiro, ele não é conclusivo em relação ao impacto real das aulas de música, mas certamente oferece indícios fortes o suficiente para que novas pesquisas investiguem a fundo o tema".


Já anteriormente Nina Kraus, diretora do Laboratório de Neurociência Auditiva da Universidade Northwestern, avaliou alunos de 6 a 9 anos, de famílias de baixa rendimento, considerados com maior risco de desenvolver problemas de aprendizagem, que participaram num programa gratuito de música, chegando á conclusão que as crianças que completaram dois anos do ensino musical apresentaram diferenças neurofisiológicas em regiões relacionadas à descodificação de sons, mecanismo neural subjacente a habilidades linguísticas. Segundo Nina:“É a primeira evidência direta de que programas educacionais de música podem aprimorar o processamento neural da fala em crianças em risco, sugerindo que o envolvimento ativo e frequente com os sons pode mudar a função neural”.


Fonte: Veja.com e Revista NeuroEducação


sexta-feira, 29 de abril de 2016

Proposta do M. Educação: Despacho de organização do ano letivo 2016/2017

A organização do ano letivo, regulada pelo presente despacho, é pautada pela disponibilidade aos alunos das melhores condições de aprendizagem, contribuindo para atingir os objetivos e as metas definidos no Programa do XXI Governo Constitucional, nomeadamente a promoção do sucesso educativo de todos os alunos ao longo dos 12 anos de escolaridade.





Passatempo/ Desafio para Turmas: Apresentação Pública da Primeira “Biografia Cultural”

No âmbito da Estratégia Nacional para a Educação e Cultura (ENEC) e no sentido de valorizar as experiências culturais dos alunos, dando maior visibilidade ao trabalho realizado pelos agrupamentos de escolas e permitindo aos alunos inscrever na sua “ Biografia Cultural” as atividades já levadas a efeito, lançamos o seguinte DESAFIO:

Vamos selecionar a turma(as) do Agrupamento de Escolas ou Escola não agrupada que tiver pelo menos cinco atividades culturais que se insiram nos objetivos da ENEC para a realização de uma cerimónia pública, onde será impressa e apresentada ao país a primeira "biografia cultural".

Para participar, preencham e enviem, até ao dia 09 de maio, o formulário online, enumerando as atividades culturais realizadas ao longo deste ano letivo.


Não deixe de PARTICIPAR…

A cerimónia poderá contar com a presença de personalidades da área da cultura e da educação.


Jornadas de Trabalho no âmbito da Psicologia Escolar 2016

As Jornadas de Trabalho no âmbito da Psicologia Escolar 2016 subordinadas ao Tema:“Práticas de consultoria em contextos educativos pluralistas: Uma abordagem centrada na cooperação” terão por base práticas de intervenção apresentadas pelos psicólogos.

1. Destinatários – Psicólogos que desenvolvem a sua atividade nos Agrupamentos de Escolas/Escolas não agrupadas.

2. O número de participantes em cada jornada é de 90. As inscrições são aceites por ordem de chegada.

3. Data e Local
• 17 e 18 de maio: Seminário do Vilar, Porto
• 19 e 20 de maio: Seminário da Torre da Aguilha, Carcavelos

4. As inscrições decorrem entre os dias 29 de abril e 10 de maio, Ficha de inscrição.

5. A listagem com a identificação dos participantes selecionados será disponibilizada a 12 de maio, em http://www.euroguidance.gov.pt/

6. Contactos:

• Telefone: 213 934 614, 213 936 886, 213 934 638

• Endereço eletrónico : euroguidance-pt@dge.mec.pt

Fonte: Direção Geral de Educação




Porque é que as crianças inteligentes tiram más notas?

Aqui fica o artigo de Eduardo Sá (Psicólogo), para a Leya Educação.

Porque é que as crianças inteligentes tiram más notas? 
Porque são inteligentes! Eu sei que a resposta pode parecer um desaforo. Mas é verdade. Pelo psicólogo Eduardo Sá.

Estamos mesmo a chegar ao final do primeiro período. E com a conclusão das aulas vêm aí as primeiras notas. Estão, portanto, a chegar algumas reuniões de pais com os professores e uma ou outra má notícia acerca da avaliação final de alguns alunos. Virá aí, para muitos deles, uma ou outra negativa. Evidentemente que a primeira tentação de todos os pais, numa circunstância como essa, é concluírem que os filhos terão sido "preguiçosos". Havendo alguns que, numa decisão impulsiva, irão decidir castigá-los. Ora, obrigando-os a deixar o futebol, por exemplo. Ora levando até ao fim a decisão de os privar de prendas no Natal. Será isso razoável?
Comecemos pelo princípio: porque é que crianças inteligentes têm más notas? Porque são inteligentes! Eu sei que a resposta pode parecer um desaforo. Mas é verdade. Acreditem que não estou enganado: a tentação de falar de dificuldades cognitivas ou de "deficiência mental", a propósito das crianças, merece uma imensa ponderação. Mas, vamos por partes.

Não há crianças "burras"! Eu sei que há termos ásperos, como este, para todos nós. Mas é importante que sejamos claros: tirando raríssimas exceções, de crianças com quadros genéticos ou neurológicos muito graves (e que são, realmente, raríssimas!) não há crianças que nasçam "burras" como, desde sempre, se foi imaginando ou formulando. Recordo que algumas das crianças consideradas assim, que viveram a escola de forma penosa, com resultados catastróficos e com experiências humanas humilhantes, se transformaram em grandes empreendedores, grandes empresários e pessoas cuja singularidade trouxe, realmente, mais-valias ao mundo.

Mas, sendo assim, quem transforma crianças inteligentes em maus alunos? De certa forma, todos nós. É claro que, para os resultados de uma criança na escola, faz diferença que ela tenha tido - pelo menos, até entrar no primeiro ano de escolaridade - uma família minimamente equilibrada. Porquê? Porque todas as crianças nascem altamente sensíveis, atentas, intuitivas e inteligentes, a grande dificuldade dos pais passa por se adequarem a essa "esponja" habilitadíssima para os recursos cognitivos (é assim que muitos definem a forma como elas "absorvem" conhecimentos e os multiplicam através de operações mentais que as parecem tornar a todas "matemáticos de fraldas", não é?). Trata-se de adequar às crianças um conjunto de rotinas que façam com que os seus ritmos (de sono ou de alimentação, por exemplo) não se desorganizem, ligando-as a regras que as façam conjugar aquilo que elas desejam e o que os pais consideram desejável. Mas, para além de regras, rotinas e ritmos, as crianças necessitam da sabedoria dos pais. Porquê? Porque, quando as crianças leem o mundo à sua volta, elas têm uma espécie de "instinto de adivinhar" que faz com, em tempo real, intuam de forma fulgurante aquilo que se passa, por mais que uma imagem que fique de uma experiência como essa possa levar trinta anos, por exemplo, a ter a "legenda" apropriada. Isto é: as "legendas" que os pais colocam naquilo que elas intuem servem para as crianças atribuírem palavras àquilo que veem, serve para lhes dar um significado, servem para que elas saibam discernir as operações mentais que as levem a resolver os problemas que a vida sempre lhes traz e servem, sobretudo, para que elas vão aprendendo "coisas" mais complexas e as atinjam de uma forma mais simples, mais rápida e mais eficaz. Como se compreende, quando os pais, na ânsia que elas cresçam mais depressa do que deviam ou esperando que as crianças se adequem a exigências de "agenda" que não são as suas (pensar e aprender exige tempo, tentativas, erros e uma dose generosa de experimentação "autodidática") não respeitam os seus ritmos, não enquadram os seus ímpetos, não lhes dão um perímetro de segurança esclarecido para aquilo que podem e não podem fazer. Para além do mais, trazem-nas para burburinhos ou conflitos que as magoam - para além de as baralharem ao colocarem "legendas" um bocadinho "ao lado", considerando aquilo que elas já perceberam - e contribuem muito (contra a sua vontade, sem dúvida) para os maus resultados escolares das crianças. Porquê? Porque a escola é uma espécie de enciclopédia que vai multiplicar os conhecimentos que a própria família já de si gerou. E chegar lá com "as ideias fora do lugar" é meio caminho andado para que tudo o que podia ser simples se transforme numa "confusão".

Para os bons resultados escolares de uma criança faz, também, diferença que ela tenha uma educação infantil sensata, pouco apressada e pouca dada à vaidade de conhecimentos que se repetem sem que se perceba como eles funcionam. É claro que se a ausência de educação infantil pode trazer limitações cognitivas a uma criança, uma má educação infantil não deixará de lhe trazer constrangimentos. Sendo curial que se pergunte o que poderá ser um má educação infantil? Aquela que coloca os desempenhos de curto prazo à frente de aprendizagens centradas em áreas de conhecimento que contribuam para que os recursos das crianças se transformem, progressivamente, em aptidões para ligarem palavra, aptidões abstratas, sentimentos e expressividade, autonomia e solidariedade, capacidade lúdica e tolerância à frustração. Escusado será dizer que sobrepor conhecimentos às operações mentais que as crianças ainda não agilizaram, e submetê-las aos ritmos e aos objetivos dos pais e dos colégios (independentemente das distorções de médio e longo prazo que isso traz à versatilidade da sua aprendizagem) é, a médio prazo, amiga das más notas.
Depois, há as escolas, propriamente ditas. E aqui tudo se complica mais. Porque embora haja uma política educativa, ela parece carecer, em muitas circunstâncias, de robustez, de coerência e, sobretudo, de uma ideia do que se pretende para a aprendizagem dos alunos. Não se trata de fazer "cruzadas" contra os critérios de avaliação (nem isso seria sensato), nem de eleger as provas de aferição e os exames como "alvos a abater". Mas trata-se de não nos ficarmos, unicamente, na discussão sobre esses aspetos quando se trata de transformar a educação. Sem perguntarmos o que queremos em cada momento formativo, de ponderarmos se aquilo que se exige das crianças terá em termos de objetivos, de forma e de conteúdos a metodologia correta (que se irá refletir "no fim da linha"). Como se já não bastasse a ideia de que um pacto de regime acerca da educação nunca ter merecido uma oportunidade política ser inquietante, a construção das turmas, o casamento das disciplinas, a ligação que elas não têm (muitas vezes) com a vida das crianças, ou a interseção entre o lúdico, o expressivo e o aprendido que não se estimula faz com que se torne fácil que a escola estimule as más notas.

E, finalmente, há os professores. Que são preciosos, claro, mas que nem sempre têm a formação indispensável, os recursos exigíveis, a retaguarda de técnicos que os apoiem e protejam, ou os conhecimentos tão agilizados dentro de si que transformem um programa numa tarefa apetitosa para todos os alunos. E que têm vida própria mas que nem sempre são acolhidos por uma escola com o carinho e o respeito que a sua tarefa exige. E que têm com o ensino uma paixão quase difícil de se entender mas, ao mesmo tempo, a vão sentindo a burocratizar-se todos os dias, mesmo quando têm diante de si turmas difíceis e exigentes e pais que os desconsideram, por vezes, mais do que deviam. Isto é, nem sempre os professores são - ao contrário do que, seguramente, seria o seu anseio - os melhores amigos das boas notas.
É fácil, portanto, uma criança "tirar" más notas! Porque há sempre um ou vários destes incidentes que se emaranham, num momento qualquer, no seu percurso educativo. Por mais que todas as crianças sejam, de forma ardente e continuada, as melhores amigas dos bons resultados. Tanto assim é que, sempre que eles não surgem, e os pais, os professores, os explicadores e os avós se unem no sentido de as ajudar a pensar - todos de forma diferente a congeminar sobre uma mesma disciplina - se os maus resultados perduram as crianças baixam os braços. Ou ficam, aparentemente, "burras" de tanto terem medo de não saber, que erram diante de problemas que elas, efetivamente, dominam. Ou desistem e desinvestem, que é uma forma de terem a ilusão de saírem vitoriosas de um confronto onde, geralmente, acabam a perder. Ou "deixam-se andar", parecendo preguiçosas (ou numa versão mais urbana: parecendo desmotivadas), que é uma forma de desistirem antes de declararem qualquer desistência. Ou foram acumulando "défices" de conhecimentos ou de raciocínio a algumas áreas e, como a aprendizagem é um longo "puzzle", chega a uma altura em que não se torna possível contornar por mais tempo essas dificuldades. Ou "encasquetam" que não aptas para algumas disciplinas por mais que sejam muitíssimo capazes noutras, como se fosse possível ser inteligente e "burro" ao mesmo tempo. Ou estão a viver uma relação difícil com um professor ou com a escola e tudo se complica. Não se pense, no entanto, que as crianças são, unicamente, "vítimas". Não são. Mas não serão, seguramente, as únicas responsáveis pelos seus maus resultados escolares. Só que, chegados ao Natal, e a existirem más notas, elas são "só" suas. Quase todos - pais e professores, à cabeça - reagem como se se sentissem um bocadinho traídos por cada negativa manifestando, até, alguma estranheza pelos maus resultados e castigando-as a elas, unicamente. Como se as notas de uma criança não representassem um percurso de um longo trabalho de equipa onde elas não mandam tanto como as suas notas fazem parecer.

Qual será, então, a vantagem de descobrirmos parecerias em cada uma das suas notas? Não tanto o de nos sentirmos levados a estudarmos com elas ou estudarmos por elas, mas percebermos que nem sempre ajudamos as crianças a aprender a aprender. Apesar de isso ser o que elas mais querem e aquilo para o que estão, inequivocamente, mais capacitadas. Terão elas, porventura, mais dificuldades de aprender do que os adultos que as ensinam? Não! Seguramente. Sendo assim, trata-se de aprendermos com erros, percebermos aquilo que estará a gerar as nossas dificuldades e, todos juntos, passarmos das necessidades educativas especiais ao sucesso (que será, ele também, sempre o resultado de um trabalho de equipa).


Em resumo: uma nota negativa existe porque os pais foram complicando a relação com a escola ao contrário das suas genuínas intenções. Porque o "sistema" precisaria de um plano individual de recuperação para deixar de querer positivas, sem olhar a meios, em vez de perceber que uma negativa (ou muitas negativas, a determinadas áreas de aprendizagem, por exemplo) são interpelações que o colocam, verticalmente, em causa. Porque as escolas foram insistindo, teimosamente, em normalizar crianças quando as deviam singularizar. E porque alguns professores vão tendo muitas dificuldades para ensinar e para tornarem claros e apelativos, para todos, os conhecimentos que pretendiam partilhar. No final da cadeia, as crianças só não têm mais sucesso porque - às vezes, por azar - foram tendo pais, escolas e professores que, mal começaram a desenhar-se as primeiras dificuldades escolares, lhes atribuíram a elas - e, sobretudo, a elas - "a parte de leão" dessa má notícia. Quando, na verdade, cada "negativa" pressupõe várias "negativas". Sendo assim, porque é que os menos responsáveis pelas "negativas" são repreendidos, advertidos e castigados e os outros todos... não?... Chegados aqui, ou temos todos presentes ou ficamos, durante o Natal, todos de castigo. Imaginando que adivinhe a vossa decisão, desejo-vos a todos muitas prendas.


Atenção Professores: Estágios no CERN

Até 29 de abril estão abertas as inscrições para a 10.ª Edição da Escola de Professores no CERN (Centro Europeu de Pesquisa Nuclear) em Língua Portuguesa, co-organizada pelo LIP (Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas) e pelo CERN, com o apoio da "Ciência Viva" - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.

Convidam-se Professores de Escolas Portuguesas, nas áreas da Física e das Ciências Físico-Químicas, a participarem numa Escola no CERN, constituída por palestras feitas por investigadores a trabalhar com o CERN, e por visitas guiadas aos vários aspectos do Laboratório (experiências e aceleradores).

Salvo casos excepcionais a considerar individualmente, os participantes a seleccionar neste processo deverão ser residentes em Portugal. Também não podem ter participado nesta Escola em Língua Portuguesa.

A língua de trabalho deste estágio é o Português, e os Professores serão acompanhados por investigadores portugueses.

Todos os custos (viagem, alojamento e alimentação no CERN) serão suportados pelo LIP. 

Este ano não estão contemplados os custos de deslocação aos Aeroportos de Lisboa/Porto/Faro/Funchal/Ponta Delgada, embora procuraremos estudar a possibilidade de adquirir os vôos do aeroporto mais próximo, bem como apoiar os casos mais desesperados que venham de muito longe.

Está previsto que os participantes devam chegar ao CERN na véspera ou no dia do início do estágio (Sábado,27 ou Domingo, 28 de agosto).

Este estágio será acreditado pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua, pelo que será feito um processo de avaliação obrigatório para podermos atribuir um certificado de formação com a classificação para efeitos de créditos (será sempre atribuído um certificado sem menção dos créditos para os colegas que dispensem o processo de avaliação). 

Para efeitos de atribuição dos créditos será também pedido o número de registo no portal SIGRHE do Ministério da Educação.

Para se inscreverem, deverão visitar a página da Escola emhttp://www.lip.pt/cern_em_portugues/

e seleccionar "Inscrição" no lado direito, ou indo directamente para o formulário de inscrição


ANTES DO FINAL DE 6.ª FEIRA, 29 DE ABRIL DE 2016.

Neste formulário são pedidos elementos identificativos e currículos profissionais resumidos (máximo 2 páginas, destacando a participação em actividades organizadas pelo LIP ou pelo CERN, e/ou envolvimento em projectos da Ciência Viva ou de outras organizações ligadas ao ensino experimental da Física nas Escolas).

Estes elementos e dados serão tratados confidencialmente - do conhecimentos apenas dos membros do júri de selecção - e nunca serão cedidos para entidades exteriores ao LIP.

Os critérios de selecção serão baseados numa avaliação curricular, tendo em especial atenção as participações nas actividades acima referidas e a localização geográfica da escola(s) de trabalho dos candidatos.

Os professores que, neste ano lectivo, não tenham sido colocados em nenhuma escola - ou que tenham horário 0 atribuído - podem concorrer (mencionando a última escola em que leccionaram e em que ano lectivo).

O LIP também procurará atender aos casos dos docentes que já se inscreveram muitas vezes sem nunca terem tido oportunidade de participar, pelo que este ano cada professor candidato deverá indicar explicitamente o número de vezes que já se candidatou em anos anteriores.

A selecção dos candidatos será conhecida em Maio ou Junho de 2016.

Fonte: Direção Geral da Educação


quinta-feira, 28 de abril de 2016

Exemplos de Como trabalhar as fases da escrita com Crianças

Com sondagem das fases de aquisição da escrita dos seus alunos, você pode desenvolver uma série de atividades que auxiliam no confronto e avanços das hipóteses de escrita dos alunos.

Aqui estão algumas sugestões:

ESCRITA PRÉ-SILÁBICA:
-Iniciar pelos nomes escritos em crachás, listados no quadro e/ou em cartazes;
-Trabalhar com textos conhecidos de memória, para ajudar na conservação da escrita;
-Identificar o próprio nome e depois o de cada colega, percebendo que nomes maiores podem pertencer às crianças menores e vice-versa;
-Organizar os nomes em ordem alfabética, ou em “galerias” ilustradas com retratos ou desenhos;
-Criar jogos com os nomes: “lá vai a barquinha”, dominó, memória, boliche, bingo;
-Fazer contagem das letras e confronto dos nomes;
-Confeccionar gráficos de colunas com os nomes seriados em ordem de tamanho (número de letras).Fazer estas mesmas atividades utilizando palavras do universo dos alunos: rótulos de produtos conhecidos ou recortes de revistas (anúncios, títulos,palavras conhecidas);
-Classificar os nomes pelo som ou letra inicial, pelo número de letras, registando-as.

ESCRITA SILÁBICA:
-Fazer listas e ditados variados (de livros de histórias, nomes de animais);
-Trabalhar com textos conhecidos de memória, para ajudar na conservação da escrita;
-Ditado de palavras do texto;
-Análise oral e escrita do número de sílaba, sílaba inicial e final das palavras do texto.
-Lista de palavras com a mesma silaba final ou inicial;
-Escrever palavras dado a letra inicial;
-Ligar desenho a primeira letra da palavra;
-Usar jogos e brincadeiras (forca, cruzadinhas, caça-palavras);
-Organizar supermercados e feiras; fazer “dicionário” ilustrado com as palavras aprendidas,diário da turma, relatórios de atividades ou projetos com ilustrações e legendas;
-Propor atividades em dupla (um dita e outro escreve), para reescrita de notícias, histórias,pesquisas, canções, lengalengas e trava-línguas.
-Produção de textos, ditados, listas.


ESCRITA SILÁBICA-ALFABÉTICA:
-Ordenar frases do texto;
-Completar frases, palavras, sílabas e letras das palavras do texto;
-Dividir palavras em sílabas;
-Formar palavras a partir de sílabas;
-Ligar palavras ao número de sílabas;
-Produção de textos, ditados, listas.


ESCRITA ALFABÉTICA:
-Investir em conversas e debates diários;
-Possibilitar o uso de estratégias de leitura, além da descodificação;
-Considerar o “erro” como construtivo e parte do processo de aprendizagem;
-Produção coletiva de diversos tipos de textos;
-Análise linguística das palavras;
-Reescrita de texto(individual / coletiva);
-Revisão de texto;
-Atividades de escrita: complete, enigma, stop, cruzadinha, caça-palavras;
-Copiar palavras inteiras;
-Contar número de letras ou palavras de uma frase;
-Pintar intervalos entre as palavras;
-Completar letras que faltam de uma palavra;
-Ligar palavras ao número de letras e a letra inicial;
-Circular ou marcar letra inicial ou final;
-Circular ou marcar letras iguais ao seu nome ou palavra-chave.

Texto adaptado da Fonte: http://cantinhoprodihene.blogspot.com. 


DICA: Como ensinar uma criança a gostar de Museus

Especialista (Heather Greenwood Davis, do Family Time) dá dicas para transformar passeios considerados chatos pelos jovens em experiências culturais significativas.

"Algo de estranho acontece conosco quando nos tornamos pais: nós esquecemos o quanto pode ser chato “o pensamento adulto”.
Quando eu era criança, a ideia de passar horas num museu ou galeria de arte já era o suficiente para me fazer fechar a cara. E, atualmente,  encontro-me com os mesmos argumentos de “devemos ir para o museu” para os meus próprios filhos e, em seguida, me vejo ssurpreendida por eles não ficarem empolgados com a proposta.
Mas, depois de dezenas de visitas a museus e uma diminuição no número de reclamações, acho que encontrei alguma dicas. Encoraje seus filhos a aprender ao longo da vida com estes cinco truques:

1. Leve em conta o que eles querem
Muitas vezes, nós, pais, começamos levando nossos filhos aos museus que estão perto de nossas casas, em vez de procurar os que despertem mais interesse deles. Começando a partir dos interesses e gostos dos seus filhos, irá garantir que eles queiram fazer o passeio, pelo menos ao princípio.


2. Repense como vai ser a visita ao museu
Paredes, tecto, portas… Tudo isso é para ser levado em conta quando você está procurando uma experiência museológica. Hoje em dia, arte pode ser encontrada nos mais diversos lugares. Pense nos murais de arte, uma caminhada para ver os monumentos construídos, ou nas exposições ao ar livre.
Deixe o seu filho adolescente tirar selfies durante a visita.

3. Mantenha a visita interativa
É a maneira infalível de tocar o coração das crianças, mas exposições interativas deixarão as crianças maiores (e os pais) entretidos, também. Muitos de nós, jovens e menos jovens, aprendemos melhor através do toque, de jogos e de atividades. Procure por museus que incentivem à interação.
Os centros de ciência são sempre um sucesso com as crianças.

4. Comece enquanto eles ainda são jovens
Você não tem que estar na Itália – ou em qualquer outro país estrangeiro – para fazer uma visita a um museu.
Museus também podem ser incríveis experiências de ensino para as crianças mais velhas começarem a compreender alguns aspectos não tão positivos da humanidade.

5. Vá embora cedo
Este é o segredo para qualquer coisa. Deixe ser eles próprios a acharem que terminou a visita cedo demais.
Qualquer espaço se torna aborrecido quando você fica muito tempo nele. E quem quer voltar a um espaço quando você já esgotou todas as atividades que ele oferece?
Faça a você mesmo esse favor e não tente percorrer todo o museu em uma única tarde. Escolha algumas exposições e siga em frente muito antes das crianças pedirem isso."

Texto adaptado e traduzido do original em Inglês " How to Raise a Museum-Loving Kid", da National Geographic


27 Dicas para pais - Segundo Eduardo Sá

Os bons pais erram! Esganiçam-se, têm “ataques de nervos” e “passam-se”! Tirando os pais que fazem de Dupont e Dupond, e aqueles que nunca se enganam e raramente têm dúvidas, todos os outros são bons pais!

Os pais tão depressa reconhecem que a sua infância terá sido mais livre, mais amiga do brincar, menos atolada em compromissos e mais feliz como, ao mesmo tempo que não fazem tanto como deviam para replicarem essa “fórmula de sucesso”, repetem (de forma exaustiva) que quase tudo seria diferente na relação com os seus filhos se eles nascessem equipados com manuais de instruções. Não serão estes pais escolarizados tentadoramente tecnocráticos? E se ainda hoje guardam a infância como um período feliz, isso deve-se ao bom manual de instruções que os seus pais seguiram a preceito ou ao modo como tiveram tempo para ser crianças, com a ajuda preciosa que isso representa para cicatrizar trapalhadas e engendrar paixão pela vida e engenho para crescer? Seja como for, se a desculpa passa por não haver um “manual de instruções”, vamos lá imaginar um, mais ou menos clandestino, para que não haja mais desculpas...

1. Nunca estamos preparados para ser pais. As crianças dão imenso trabalho. Só crescemos com elas quando somos obrigados a crescer. E nada é fácil para os pais.

2. Nunca se educa só por instinto (materno ou paterno). Mas quando se educa “by de book” todas as crianças se estragam.

3. As crianças precisam de tempo para crescer. E precisam de (muitas) oportunidades para aprenderem a ser crianças!

4. Todas as crianças são inteligentes. E se, hoje, elas parecem mais espertas, é porque os pais, quando os filhos são pequeninos, as estragaram muito menos.

5. Todas as crianças saudáveis são de ideias fixas e são teimosas. A teimosia depende, de forma direta, do modo como elas sentem que o pai ou a mãe ora se zangam, como deviam, ora hesitam e se encolhem, quando se trata de lhes dizer: “Não!”. São, portanto, precisos ritmos, regras e rotinas coerentes e constantes para crescer.

6. Todas as crianças sabem o que querem. Se o não manifestam, e são certinhas, é porque têm medo de contrariar os pais. Já aquelas que parecem ter uma “personalidade forte” estão a transformar-se, contra a vontade de todos, em chefes da família. E isso só lhes faz mal!

7. Todas as crianças precisam de brincar duas horas, todos os dias, depois do jardim de infância ou da escola. Brincar é tempo livre! Tempo gerido por elas, sob o olhar atento de um dos pais ou dos avós.

8. Os brinquedos não têm sexo. Não é a forma como os rapazes brincam com bonecas ou as raparigas com carrinhos que estraga as crianças na sua relação com a identidade. Mas o modo como o pai e a mãe se dão como modelos, com equívocos (levando a que nem sempre apeteça, quando se cresce, ser como eles), ajuda a isso.

9. Todas as crianças precisam de correr, de falar alto, de se mexer e de imaginar. Transformar vídeos, telefones, tablets ou computadores em babysitters, todos os dias e a todas as horas, faz mal à saúde das crianças.

10. Para serem felizes, as crianças precisam de estar tristes. Crianças que podem estar tristes são crianças mais seguras.

11. Sempre que uma criança está triste, os pais estão proibidos de perguntar porque é que ela está assim. Mas se lhe derem um bocadinho de corpo de mãe ou de pai (sem palavras!) a tristeza delas leva a que cresçam melhor.

12. As crianças não crescem felizes à margem da autoridade dos pais. Os pais saudáveis dão com uma mão e exigem com a outra. Não explicam todas as regras nem as justificam, mas exigem em função dos exemplos que dão. Sem nunca falarem demais!

13. As crianças felizes têm nas birras o “último grito” duma “prova de vida”. Significa que têm pais atentos mas que não são nem ameaçadores nem tirânicos. Por mais que uma birra não possa ter muito mais de 10 minutos!

14. Crianças felizes não se transformam em metas curriculares para os seus pais.

15. A família ensina mais que a escola e brincar é tão indispensável como aprender. Logo, crianças que, para além da escola, se desdobram em atividades extra-curriculares e trabalham das oito às oito, crescem infelizes e com pouca amizade pelo conhecimento.

16. Crianças felizes ligam orgulho, esperança e humildade. São valorizadas por aquilo que fazem bem, são corrigidas sempre que se enganam e repreendidas logo que não tentam.

17. As crianças não são o melhor do mundo, para os pais, se as relações amorosas adultas, que eles tiverem, viverem, unicamente, à sombra delas.

18. As crianças precisam de mãe e de pai para crescer. Pais que convivam, mesmo que não coabitem. E ganham se os sentirem, diariamente, atentos e participativos.

19. O pai e a mãe não estão sempre de acordo. E isso torna as crianças mais saudáveis! O desacordo dos pais está para o seu crescimento como o contraditório para o exercício da justiça.

20. As madrastas ou os padrastos, quando os há, nunca são tios! São segundos pais! Devem, portanto, dar colo, exercer a autoridade e promover a autonomia como só os bons pais sabem fazer! 


21. Os avós devem “estragar” as crianças com mimos. Quanto mais os avós interpelam os pais, mais as crianças crescem saudáveis.

22. Os bons pais estão autorizados a não se zangarem um com o outro à frente das crianças! Por mais que isso não adiante quase nada. Na medida em que, por maiores que sejam os seus cuidados, as crianças nunca deixem de sentir se eles estarão ligados um ao outro, amuados ou, até, birrentos. 


23. Os bons pais não se desautorizam um ao outro, diante das crianças. Se bem que elas reconheçam que, sempre que a mãe e o pai discordam, a propósito delas e seja acerca do que for, é impossível que alguém fique indiferente.

24. Os bons pais erram! Esganiçam-se, têm “ataques de nervos” e “passam-se”! Tirando os pais que fazem de Dupont e Dupond, e aqueles que nunca se enganam e raramente têm dúvidas, todos os os outros são bons pais! Sobretudo, quando assumem, com lealdade, que aprendem sempre que se reconhecem num erro.

25. Os bons pais adoram os filhos e adoram estar sem eles! Mas os bons pais não podem viver os seus tempos sequestrados pelos tempos dos filhos. Pais que namoram todos os dias são melhores pais! Pais que confiam os filhos à guarda dos avós ou dos tios, uma vez por mês, ao fim de semana, amam-nos mais!

26. Os bons pais reconhecem que, todos os dias, há 200 minutos, que separam as crianças da felicidade: 30 minutos de filho único de mãe ou de pai, depois da escola; 120 minutos para brincar, todos os dias; 30 minutos para jantar, sem televisão; 20 minutos para namorar com a vida e para contar uma história, antes de adormecer.

27. Crianças felizes gerem cabeça, coração, corpo e alma; pais, irmãos, avós, tios e amigos; escola e brincar. Têm dores, têm medos, têm sonhos e projetos. E tudo isso ao mesmo tempo! Mas não são felizes se precisarem de ser “as melhores do mundo”. Para serem felizes, basta que sejam um bocadinho do melhor que há no mundo para quem só lhes quer bem.


quarta-feira, 27 de abril de 2016

Resumo da Reunião do dia 26 de abril da FENPROF com o M. Educação

Do conjunto de questões discutidas, a FENPROF destaca:

- Sem prejuízo da realização dos processos negociais a que se sujeitarão todas as matérias que a lei obriga, bem como da participação da FENPROF nos processos de consulta pública que forem desencadeados, trimestralmente haverá uma reunião entre o Ministério da Educação e a FENPROF para avaliação das políticas em curso e debate sobre medidas a tomar;

- Sempre que se realizarem reuniões de caráter negocial, os documentos em negociação serão enviados com antecedência à FENPROF, sendo isso válido para a reunião do próximo dia 3 de maio que tem na agenda de trabalho dois aspetos: organização do ano letivo 2016/17 e regras de mobilidade por doença;

- No âmbito das normas de organização do próximo ano letivo e na sequência do projeto a apresentar pelo ME, serão também analisadas propostas da FENPROF, designadamente destinadas a clarificar conteúdos da componente letiva e da componente não letiva de estabelecimento, bem como relativas à indispensável diversificação de tarefas nos últimos anos de carreira que tenham em conta o elevado desgaste causado pelo exercício continuado da profissão. Esta proposta complementa a que a FENPROF continua a defender de aprovação de um regime excecional de aposentação para os professores;

- A revisão global do atual modelo de concursos para colocação de professores iniciar-se-á em setembro próximo, logo que esteja estabilizado o processo de arranque do ano letivo;

- Sobre a atribuição de competências aos municípios, o ME garantiu que não haverá qualquer transferência de responsabilidades em aspetos relacionados com pessoal docente, questões pedagógicas e rede escolar, entre outros;

- Face às dúvidas colocadas pela FENPROF sobre Educação Especial, o ME garantiu que investirá na criação de condições nas escolas para que a generalidade dos alunos com NEE que frequentam unidades especializadas ou têm CEI, permaneçam nas suas turmas, pelo menos 60%. Aos que, excecionalmente, não permanecerem esse tempo nas turmas serão proporcionados apoios reforçados nos períodos em que nelas se encontrem. Sobre esta matéria, a FENPROF será extremamente exigente, não admitindo que medidas anunciadas como promotoras de inclusão, venham a tornar-se fator de ainda maior segregação;

- O compromisso de serem respeitados os contratos de associação celebrados entre o Estado e os estabelecimentos privados com contrato de associação, sendo desenvolvida a indispensável fiscalização com vista ao respeito pleno pelos termos desses mesmos contratos. Em relação ao futuro, serão tomadas medidas com vista à não duplicação da resposta, no respeito pelos preceitos constitucionais em vigor.



Na reunião, a FENPROF reiterou propostas já apresentadas, propôs novos processos de discussão com vista a alterações legais de fundo e colocou, de novo, a necessidade de serem resolvidas questões que se arrastam há diversos anos, algumas de ordem legal e relacionadas com as carreiras docentes. Desse conjunto de propostas e questões, destacam-se:

- A não renovação de contratos a termo para o próximo ano letivo, sendo, assim, reposta a moralidade na colocação dos docentes, tendo o ME alegado aspetos de ordem legal para contrariar essa proposta, comprometendo-se, contudo, a rever essa matéria, a par de outras, como a chamada “norma-travão” no âmbito da revisão global do regime de concursos;

- A aplicação à Educação Pré-Escolar do mesmo calendário escolar que se aplica à restante educação básica, ficando a aguardar-se o despacho que sairá sobre a matéria. Foi também entregue ao ME um documento sobre os procedimentos avaliativos a desenvolver pelos educadores de infância junto das crianças com quem exercem atividade;

- A necessidade de serem clarificados procedimentos a desenvolver pelas escolas, no âmbito da designada supervisão pedagógica, designadamente a chamada observação de aulas que, em algumas escolas, se tem transformado em foco de conflitos;

- A urgência na resolução de problemas de carreira, já antes colocados ao ME, dado que se prevê que, em 2017, tenha lugar o descongelamento das progressões. As questões que atingem mais professores são: não progressão por não terem sido fixadas vagas; colocação no primeiro escalão da carreira de todos os docentes que ingressaram nos quadros a partir de 2013; benefício apenas parcial das bonificações previstas pela aquisição de novos graus académicos;

- A importância de ser revisto o atual regime de direção e gestão nas escolas, na certeza de que sem gestão democrática não haverá exercício efetivo de autonomia, havendo abertura para, pelo menos, ser analisada a questão.



A FENPROF voltará a reunir no ME no próximo dia 3 de maio, pelas 15.30 horas, no âmbito do processo negocial já antes referido.

Informação Retirada do site: http://www.saladeprofessores.pt/




Candidaturas para Entidades Promotoras no âmbito do Programa Férias em Movimento (Campos de Férias e afins)

"Encontram-se abertas as candidaturas para Entidades Promotoras no âmbito do Programa Férias em Movimento, nas modalidades de campos de férias residenciais e não-residenciais, a decorrer de 11 de junho a 11 de setembro.
O programa promove a ocupação saudável dos tempos livres, em Campos de Férias, para jovens, no período de férias escolares, através da prática de atividades lúdico-pedagógicas.
Este ano as atividades de campos de férias podem enquadrar-se nas seguintes áreas: Desporto; Ambiente; Cultura; Saúde; Património histórico e cultural; Multimédia; e Outras, de relevante interesse para os jovens.
As entidades organizadoras que reúnam as condições podem fazer as suas candidaturas, até ao dia 8 de maio de 2016."



Despacho relativo ás áreas de intervenção do Programa de Ocupação dos Tempos Livres

Despacho n.º 5578/2016

 Tendo em vista a implementação do Programa de Ocupação de Tempos Livres no ano de 2016, nas modalidades curta e longa duração, e ao abrigo do disposto no n.º 2, do artigo 5.º e dos n.os 1 e 2, do artigo 15.º do Regulamento do Programa, publicado em anexo à Portaria n.º 205/2013, de 19 de junho, determina -se:

 1 — No ano de 2016, são consideradas como prioritárias para o desenvolvimento das atividades previstas nos projetos da modalidade de curta duração as seguintes áreas de intervenção: Saúde Juvenil; Combate à exclusão social; Associativismo; Voluntariado e Desporto.

 2 — É fixado o valor de € 2,00 (dois euros) para a bolsa horária de apoio aos jovens dinamizadores na modalidade longa duração e o valor de €0,20 (vinte cêntimos) para a bolsa horária de apoio aos jovens monitores, na modalidade curta duração do Programa de Ocupação de Tempos Livres. 12 de abril de 2016.

 — A Vogal do Conselho Diretivo, Lídia Maria Garcia Rodrigues Praça, em substituição do Presidente do Conselho Diretivo, conforme disposto do n.º 1 do artigo 22.º do Código do Procedimento Administrativo.





Macau quer contratar professores portugueses e assumir-se como Centro de Formação da Língua Portuguesa

Macau pretende assumir-se como o grande centro de formação da língua portuguesa na região Ásia-Pacifico. 
Chui Sai On, chefe do executivo de Macau, considera já existir uma certa base no ensino de português na região e afirma mesmo que Macau "tem todas as condições para ser uma base de formação”. Não podemos esquecer que até bem pouco tempo atrás Macau era uma colónia portuguesa, a última.
Esta é um dos objetivos estratégicos para os próximos anos.
Uma outra boa notícia é que o chefe do executivo considera contratar professores de nacionalidade portuguesa.
Uma coisa é certa, segundo dados estatísticos, os alunos interessados no ensino da língua portuguesa no último ano letivo cresceu 20%, sendo já uma disciplina opcional no ensino básico.

Uma ótima notícia para todos os professores de língua portuguesa que estejam interessados numa nova aventura!




terça-feira, 26 de abril de 2016

Guia para País e Crianças Felizes!

A Pumpkin lançou um mini guia com alguns artigos e dicas para país e crianças felizes.
Neste guia, encontramos alguns artigos de Eduardo Sá, Mário Cordeiro, Magda Dias, Isabel Saldanha.
Destaque para artigos como Direitos, Educação e até alimentação saudável e divertida para as nossas crianças crescerem mais felizes.
Deixo aqui o Mini Guia para Download.
Espero que gostem e aproveitem as dicas!

Mini-Guia - Download

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Muito de 25 de abril... Pouco de Salgueiro Maia

Muito se fala do 25 de abril de 1974, da Liberdade, da queda da Ditadura em Portugal, da Revolução dos Cravos. Mas, pouco se fala ou ensina sobre Salgueiro Maia, o Militar, O Homem!
Pois bem, o 25 de Abril de 1974 pôs fim a um regime de Ditadura iniciado por Oliveira Salazar e continuado por Marcelo Caetano. Na altura falar de política e de assuntos ligados ao governo era crime e a PIDE estava sempre "à espreita". No entanto foi possível fazer algo que se pensava possível: uma revolução sem feridos nem mortos, uma revolução manchada de vermelho, não pelo sangue derramado mas sim pelos cravos vermelhos espalhados nas ruas e nas armas dos militares.
Mas, porque refiro no título desta publicação o nome "Salgueiro Maia"? Porque, apesar de muitos não saberem e pouco se falar nas escolas, Salgueiro Maia foi um dos militares responsáveis por esta revolução pacífica.
Salgueiro Maia apesar de nascer em Castelo de Vide a 1 de Julho de 1944, estudar em São Torcato (Coruche), Tomar e Leiria, viria a ingressar na Academia Militar de Lisboa em 1964. Depois de terminar o curso viria a ser colocado na Escola Prática de Cavalaria em Santarém, onde permaneceu e de onde partiu na madrugada do 25 de abril de 1974 rumo a Lisboa onde montaria juntamente com os seus soldados cerco aos ministérios, levando à queda, nessa tarde, do governo de Marcelo Caetano que entregou a pasta do governo a António Spínola. 
Foi o próprio Salgueiro Maia que escoltou Marcelo Caetano até ao avião que o levaria em direção ao seu exílio, no Brasil.
Este foi um homem que apesar dos títulos que lhe foram oferecidos, sempre os recusou!
Infelizmente, no ano de 1989 foi-lhe diagnosticada uma doença cancerosa, falecendo a 4 de abril de 1992. 
O mês em que Salgueiro Maia "despediu" a Ditadura Portuguesa, foi também o mês em que se "despediu" de todos nós.
O Homem da Liberdade, o Homem que conseguiu com outros homens lutar por um sonho, o homem que nos contou "uma história de Liberdade".
Este é Salgueiro Maia!
E nunca podemos desligar a Liberdade do Homem Português do nome Salgueiro Maia, o Homem que nos deixou, mas que para sempre ficou!



"Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados socialistas, os estados capitalistas e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!"
                                                                                       Salgueiro Maia, a 25 de Abril de 1974

domingo, 24 de abril de 2016

25 de abril de 1974 - Mais que um dia... Uma história de Liberdade!

25 Abril de 1974, para muitos mais uma data, para outros uma verdadeira história de liberdade e de mudanças num Portugal marcado pela Ditadura.
Muitos quiseram apagar esse dia das nossas memórias mas, uma vez mais foi o povo quem ordenou e o 25 de abril passa novamente a ser feriado nacional.
Mas, o que foi realmente o 25 de abril de 1974? Muitos não sabem! Muitos não querem saber! Muitos pretendem apagá-lo! Mas, as nossas crianças, os nossos jovens precisam saber o que foi! Foi um dia, em que a Liberdade VENCEU!

Assim sendo, deixo aqui fica uma breve explicação do dia da Revolução dos Cravos, do dia em que em vez das armas estarem carregadas com balas, estavam carregadas com cravos nos seus canos! Cravos Vermelhos!
Esta foi uma maneira do povo português se manifestar contra o Governo de Marcelo Caetano, que seguindo a politica de Salazar transformou o país numa Ditadura, num país sem Liberdade, em que as pessoas não se podiam exprimir nem lutar pelos seus direitos durante quase 50 anos.
Desta forma, o povo, representado através das forças militares sob o comando de Salgueiro Maia, saíram de Santarém durante a noite, após uma senha na rádio (a música "E Depois do Adeus", de Paulo de Carvalho), seguindo em direcção a Lisboa (mais concretamente para o quartel do Carmo onde se encontrava Marcelo Caetano).
A estas forças militares rapidamente se juntou a população sem medo de lutar pela Liberdade.
Cravos vermelhos foram distribuídos e colocados nos canos das armas, tornando esta revolução também conhecida como Revolução dos Cravos!
Outra das Músicas célebres que marca este dia é "Grândola Vila Morena", de Zeca Afonso.
Partilho aqui um pequeno video sobre a história da nossa Liberdade (no qual constam as duas músicas acima referidas)! Liberdade pela quais jamais podemos deixar de Lutar!










sábado, 23 de abril de 2016

O papel dos Politécnicos na criação de regiões com "mais conhecimento"

No passado dia 22 de abril durante a sua visita ao Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Manuel Heitor (Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior) referiu que os politécnicos desempenham "um papel mais relevante do que nunca na ambição de criar regiões com mais conhecimento", afirmando ainda que o país não tem instituições de ensino superior a mais mas sim, alunos a menos para os frequentarem.
O ministro fez ainda referência a que os politécnicos se devem adaptar ás necessidades de cada região em que estão inseridos.
Segundo afirmou Manuel Heitor: "O Instituto Politécnico de Viana do Castelo é uma das instituições mais bem colocadas para se diferenciar num quadro europeu, nomeadamente através dos projetos e ações inovadoras nas áreas da viticultura, agroalimentar, saúde, industrial e pescas".

No entanto o ministro acrescentou  a necessidade de trabalho conjunto dos politécnicos com o governo e com as entidades locais e regionais, de forma a garantir maior financiamento comunitário e gerar receitas próprias.

 

Dia Mundial do Livro - 23 de abril de 2016

Hoje comemora-se o Dia Mundial do Livro!
Esta data comemorativa remonta a 1996 por decisão da UNESCO, uma vez que (em vários calendários) foi a 23 de abril que desapareceram vários nomes sonantes da literatura como William Shakespeare  e Cervantes.
Foi na Catalunha que se iniciou a comemoração deste dia (também Dia de S. Jorge), sendo que era oferecida uma rosa a quem comprasse um livro. Tradição esta que se espalhou por vários países.

Pretende-se assim com esta data comemorativa reconhecer a importância e utilidade dos livros como meios de transmissão de cultura e informação e a sua importância para o processo educativo.


William Shakespeare - 400 anos após a sua morte

Foi precisamente à 400 anos que se perdeu um grande nome da dramaturgia inglesa e mundial, William Shakespeare.
Considerado como o mais influente dramaturgo mundial, William Shakespeare faleceu em Stratford-upon-Avon, 23 de abril de 1616, na mesma cidade onde havia nascido a 23 de abril de 1554, segundo o calendário juliano (no calendário gregoriano Shakespeare faleceu a 3 de maio).
Das suas obras restam ainda 38 peças, 154 sonetos, e dois grande poemas narrativos, sendo as mais conhecidas "Romeu e Julieta" (1595), "A Tragédia de Júlio César" (1599), "Hamlet", "Sonho de uma Noite de Verão".
Crê-se que a sua última peça terá sido "A Tempestade".

Na tumba de William Shakespeare podemos ler:
"Bom amigo, por Jesus, abstém-te
de profanar o corpo aqui enterrado.
Bendito seja o homem que respeite estas pedras,
e maldito o que remover meus ossos"


Passados 400 anos desde o desaparecimento de Shakespeare uma coisa é certa "Desapareceu o Homem, permanece a Obra", e hoje Shakespeare é um dos autores literários mais famosos do mundo inteiro.


Para os interessados aqui fica um video com uma pequena biografia (em Inglês) de Shakespeare.




Concurso - Dia Mundial da Biodiversidade - 22 de maio

No próximo dia 22 de maio comemora-se o dia mundial da biodiversidade.
Para comemorar este dia, e para os colegas de biologia, ciências e afins está a decorrer um passatempo em que podem participar com as suas turmas.
Este passatempo consiste em elaborar com as turmas um cartaz sobre a biodiversidade.
Passos:
1. Selecionar um ambiente à escolha e os seres vivos a destacar;
2- Pesquisar informação relevante sobre cada um dos seres vivos presentes nesse ambiente;
3- Elaborar o Cartaz;
4- Com a ajuda do docente submeter o mesmo na página do passatempo (link abaixo).



Os alunos com o cartaz vencedor irão ser premiados com um kit de observação de insetos (destinado ao estudo da biodiversidade deste grupo de seres vivos), que será enviado para a Escola.
Poderão submeter os vossos cartazes até ao dia 28 de Maio.




sexta-feira, 22 de abril de 2016

Governo irá alterar programas de regresso ao Ensino Superior

Os dados dos últimos anos têm mostrado uma descida no numero de matriculas no ensino superior. Visto a combater esta descida, o governo português anunciou a alteração ao programa de regresso.
Pretende-se assim que antigo alunos e alunos que abandonaram o seu ciclo de ensino possam retomar o mesmo.
Pretende-se ainda privilegiar os cursos ligados a tecnologias e  meios digitais.


Jogos didáticos sobre Geografia

Para aqueles que só aprendem se estiverem "online", partilho aqui algumas páginas onde poderá jogar e aprender ao mesmo tempo.

Jogo dos Países da Europa

Capitais Europeias

Jogo das Bandeiras




quinta-feira, 21 de abril de 2016

Programa Nacional de Reformas - Qualificar os Portugueses

Já se encontra disponível para download  o documento de apresentação do Programa Nacional de Reformas: Mais Crescimento, Melhor Emprego, Maior Igualdade.

Download documento Programa Nacional de Reformas


Governo pretende aumentar o número de Centros para a Qualificação e Ensino Profissional

Aquando da apresentação do Eixo "Qualificar os Portugueses", integrado no PNR2016 (Plano Nacional de Reformas 2016) o Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, informou da decisão do governo em aumentar em 26% o número de centros para a qualificação e ensino profissional em 2017.
Assim sendo virão juntar-se aos 238 existentes mais 62 novos centros, totalizando 300 centros.

José António Vieira da Silva afirmou que "muitos dos Centros têm hoje fracos níveis de atividade, pelo que o nosso objetivo passa, não apenas pelo alargamento da rede, mas também pelo reforço de equipas e aumento dos seus níveis de atividade" e que "os centros irão apresentar respostas em articulação com outras estruturas, como escolas profissionais, centros de emprego ou gabinetes de inserção profissional".

Outra das medidas do governo será "alterar ainda o atual cenário de cobertura geográfica assimétrica e de fraca acessibilidade à informação sobre a oferta de percursos" e "apostar na formação contínua dos agentes, sendo necessário que se trabalhe na construção de percursos de formação personalizados, respondendo à exigência da diversidade de públicos existentes".


Que valor atribuem os portugueses à Educação?

O projeto EDULOG, o Think tank da Educação fundada pela Fundação Belmiro de Azevedo, apresentou vários resultados relativamente ao valor que nós, portugueses, damos à Educação.
Mais de 60% dos inquiridos afirma não estar satisfeito com a escolaridade obtida, no entanto apenas 28%, por coincidência com uma formação escolar mais elevada, tem planos de voltar a estudar.

Aqui fica um breve resumo do estudo:


O projeto propõe-se analisar e promover o desenvolvimento de novas estratégias e soluções na área da educação, tendo em conta três focos fundamentais: Investigação, Divulgação e Recomendação. Uma das formas de o fazer é através da criação de um Observatório da Educação que irá produzir estudos como o que foi apresentado. Coordenado por Patrícia Ávila, do ISCTE-IUL, e com apoio/execução da IPSOS APEME, o estudo inquiriu 1200 pessoas com mais de 18 anos, residentes no continente e nas ilhas, através de entrevista telefónica durante o mês de março deste ano, e revelou que o perfil médio de escolaridade portuguesa é muito baixo comparativamente com o registado noutros países europeus. 63 por cento dos inquiridos tem escolaridade inferior ao ensino secundário, isto é, não passou do 9.º ano. Ainda assim, 68 por cento dos inquiridos considera que as qualificações escolares detidas são suficientes atendendo ao que lhes é exigido pelo trabalho que realizam e 82 por cento considera que são suficientes para as necessidades do dia-a-dia. Observou-se, ainda, uma relação muito acentuada entre a escolaridade e a ajuda prestada pelos pais nas atividades da escola. Mais de 90 por cento dos pais com ensino superior declara ajudar habitualmente os filhos nas atividades escolares, enquanto apenas 21 por cento dos inquiridos com escolaridade até ao 1º ciclo de ensino básico declarou ajudar os filhos nessas atividades. 36 por cento dos inquiridos com escolaridade até ao 1º ciclo assumem que não ajudam os filhos porque não o conseguiriam fazer

Os dados recolhidos confirmam a baixa escolaridade da população portuguesa face à observada noutros países: 63% dos inquiridos tem o 9.º ano e 38% a 4.ª classe. As percentagens não refletem apenas a escolaridade dos mais velhos, por isso, os investigadores argumentam não ser apenas uma questão geracional. Percebe-se ainda que ao longo da sua vida muitos adultos fizeram um esforço para regressar ao ensino, pelo menos 22% dos inquiridos. Destes, cerca de 89% diz ter concluído o grau que pretendia. Em parte, concluem os investigadores, graças ao programa Novas Oportunidades que permitia a conclusão do 6.º, 9.º e 12.º ano através de um sistema de reconhecimento e acreditação de competências adquiridas ao longo da vida.


Apesar da breve passagem pelo sistema de ensino, 62% dos inquiridos gostaria de ter uma escolaridade mais elevada. Mas retornar à escola faz apenas parte dos planos de 28% dos indivíduos. E são os mais escolarizados que afirmam ter projetos de continuação dos estudos. No topo das motivações está a valorização pessoal e possibilidade de trazer mais conhecimento para o dia-a-dia. Cerca de 70% dos inquiridos responde que quer voltar a estudar para se “sentir melhor”. As razões para voltar aos livros não variam muito com a idade.

O facto de os estudos não fazerem falta ou a impossibilidade de estudar por falta de tempo, são as razões mais invocadas entre os indivíduos que não querem voltar a estudar. O receio de não ter capacidade para voltar à escola é o motivo mais apresentado por quem escolaridade mais baixa.

Questionados sobre a utilidade da escolaridade a quanto à entrada no mercado de trabalho, 33% dos inquiridos responde que a formação foi “muito útil” e 50% diz ter sido “relativamente útil”. Por outro lado, seja qual for o nível de escolaridade obtido, 68% considera ter níveis de qualificação suficientes para a profissão que exerce. Mesmo entre os indivíduos com escolaridades muito baixas. Já 41% dos licenciados diz ter qualificações a mais do que precisam, ainda que considerem que a formação obtida foi muito útil para ingressar no mercado de trabalho.

O estudo permitiu ainda concluir que pais mais escolarizados têm projetos de escolarização mais elevados para os filhos. Assim, 55% dos inquiridos gostaria de ver o seu filho ou filha no ensino superior aos 18 anos.

Atitudes face à educação (ver gráfico)





quarta-feira, 20 de abril de 2016

Estudo: "Desigualdades Socioeconómicas e Resultados Escolares"

O Ministério da Educação levou a cabo um estudo, divulgado pela Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, com o tema "Desigualdades Socioeconómicas e Resultados Escolares", que vem colocar na mesa algumas provas da correlação entre a condição socioeconómica dos alunos, a escolaridade das mães e o sucesso escolar.
Este estudo vem de encontro ao que muitos outros estudos internacionais tem afirmado.
Provou-se assim que "os alunos oriundos de famílias de baixos rendimentos apresentam taxas de sucesso mais baixas”.

Segundo a Edulog:

Os dados recolhidos em mil escolas públicas, mostram que entre os alunos que não recebem apoio da Ação Social Escolar (ASE), 49% obtém percursos escolares de sucesso no 3.º ciclo (zero reprovações no 7.º e no 8.º ano e nota positiva nos exames nacionais de Português e Matemática do 9.º ano). A percentagem cai para os 20% entre os alunos beneficiários do escalão A, o máximo desses apoios.Considerando as habilitações académicas das progenitoras, o estudo revela que entre os alunos cujas mães têm mestrado ou doutoramento, 75% têm percursos de sucesso no 3.º ciclo, entre os alunos cujas mães têm o 4.º ano de escolaridade a percentagem de sucesso é apenas de 19%.

Olhando para a realidade distrital, a DGEEC encontrou outras evidências que sugerem que tanto os rendimentos dos agregados, como as qualificações das mães não determinam de forma “inapelável” a taxa de sucesso dos alunos.

São vários os exemplos: os alunos do distrito de Braga, cujas mães têm o 6.º ano, têm aproveitamento escolar no 3.º ciclo superior aos alunos residentes em Beja cujas mães completaram o 12.º ano.

Setúbal, um dos distritos do país onde o nível de habilitações das mães é mais elevado, é o segundo com menor percentagem de percursos de sucesso (32%). Viana do Castelo é o segundo distrito do país com maior percentagem de alunos com percursos de sucesso no 3.º ciclo (47%) apesar de o nível da escolaridade das suas mães figurar entre os mais baixos a nível nacional.



Voltando à análise do território continental, 59% dos alunos do 3.º ciclo tem mães com escolaridade inferior ao ensino secundário. É o norte do país que concentra o maior número de alunos cujas progenitoras têm menos habilitações: Braga (73%), Porto (69%), Aveiro (67%), Viseu (66%), Viana do Castelo (64%) e Vila Real (61%). Mas “ao contrário do que seria de esperar”, revela a DGEEC, estes seis distritos “apresentam quase todos taxas de percursos de sucesso no 3.º ciclo relativamente elevadas e, inclusivamente, superiores à média nacional”.



Por outro lado, “os alunos dos distritos do sul do país têm níveis de habilitação das mães acima da média de Portugal Continental mas resultados escolares, sob a forma de percursos de sucesso no 3.º ciclo, significativamente abaixo da média”. Exemplo: em Portalegre, os alunos cujas mães têm escolaridade semelhante às dos colegas da Guarda, têm uma taxa de percursos de sucesso 18 pontos percentuais mais baixa.

Da mesma forma, Coimbra e Setúbal, onde 52% e 47% dos alunos do 3.º ciclo têm mães com habilitação inferior ao ensino secundário, distanciam-se bastante no que toca à percentagem de alunos com percursos de sucesso: 49% em Coimbra e 32% em Setúbal, percentagens que colocam os distritos, respetivamente, no topo e no penúltimo lugar na tabela dos melhores ao nível nacional.



Relacionando a percentagem de alunos que beneficiam de apoio da ASE com a percentagem de percursos de sucesso no distrito, a DGEEC conclui que “os resultados são essencialmente os mesmos”, obtidos em relação ao nível de escolaridade das mães. Ou seja: “os distritos onde o nível económico dos agregados familiares é mais baixo, são os distritos onde a taxa de percursos de sucesso no 3.º ciclo é relativamente alta face à média de Portugal Continental”, lê-se no estudo.



Em conclusão, os investigadores adiantam que a “resposta mais plausível” para justificar os indicadores observados parece ser que “apesar do nível socioeconómico do agregado familiar ter uma forte influência sobre os desempenhos escolares, existem outros fatores igualmente importantes que, ao exercer a sua influência de forma assimétrica entre as regiões, podem compensar e até superar os efeitos do nível socioeconómico no distrito”. Fatores esses que, no futuro, importa averiguar através de outros estudos.

Informação retirada da página da Edulog:


Conferência "Currículo para o Século XXI" - AGORA EM DIRETO!

A conferência "Currículo para o Século XXI: competências, conhecimentos e valores numa escolaridade de 12 anos", que anunciámos no nosso blog anteriormente, e que irá ter lugar no dia 30 de abril no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, irá ser transmitida também em direto.

Para mais informações deverá consultar a página da Direção Geral de Educação.

Direcão Geral de Educação


O seu filho ou aluno tem dificuldade em concentrar-se? Dicas!

Como sabemos muitas crianças tem dificuldades de concentração, originada por vários motivos que podem ir desde a ansiedade, alteração no ritmo de vida, mudança de ambiente, Hiperatividade ou até défice de atenção.
Esta é uma situação muito comum e com a qual muitos professores e pais se deparam, levando muitas vezes aos maus resultados de avaliações.
Partilho convosco 8 dicas, fornecidas pelo psicólogo Jeffrey Bernstein, (e retiradas do SOL) que o poderão ajudar:

1. Tenha consciência: Lembre-se que este tipo de criança muitas vezes se sente diferente das outras.

2. Evite gritar: Ao gritar só o confunde ainda mais, tornando-o mais propício à desconcentração.

3. Mantenha-se calmo, firme e não seja controlador: Esteja tranquilo, não crie expectativas inalcançáveis e tente não dar demasiadas ordens.

4. No caso de ser pai ou mãe, seja proactivo e seja comunicativo com os professores: As crianças desatentas desistem rapidamente quando têm de enfrentar obstáculos. Mantenha-se envolvido na vida escolar do seu filho.

5. Incentive o seu filho/aluno: Ensine-o a desconstruir tarefas complexas noutras mais pequenas e viáveis. As crianças sentem-se mais motivadas ao conseguir pequenas vitórias e fugir a grandes falhanços.

6. Faça listas: Incentive o seu filho/ aluno a fazer uma lista de tarefas. É estimulante para uma criança ‘riscar’ as tarefas já cumpridas.

7. Ajude, mas não faça por ele: Ajudar demasiado uma criança a concluir um problema difícil pode fazê-la sentir-se bem, mas não está a ajudá-la verdadeiramente.

8. Promova a auto-estima do seu filho/aluno: A maioria das crianças desatentas sente-se inferior aos outros. Demonstre ao seu filho não só que gosta dele, como acredita nele.