quarta-feira, 29 de junho de 2016

FENPROF a manifestar-se uma vez mais, para seus próprios interesses

Como já havia referido numa publicação anterior, uma vez mais os sindicatos voltam a manifestar-se. Desta vez, a FENPROF.
Imaginem o principal motivo... também contra o alargamento do calendário escolar no 1º ciclo. Novidade!!!
Mas, afinal o que pretendem estes sindicatos?? Governarem eles? Serem eles a decidir o que deve ser feito? Afinal, estão a lutar pelos interesses de quem? Do meu ponto de vista, apenas deles próprios, que se mostram sempre descontentes com tudo. 
Imaginemos que o calendário escolar iria ser reduzido em 2 semanas. Qual a opinião da FENPROF? Deixem.me adivinhar.... Eram contra!!! Porque os programas eram extensos, as crianças ficavam demasiado tempo sem aulas, e muito mais.
Pois bem, afinal qual a sugestão de calendário escolar para eles? 
Foi este mesmo sindicato, que apenas pensa em números e conflitos que tenta meter sempre o "nariz" em tudo o que o  Ministério da Educação faz, e que pelos vistos nunca lhes agrada. Certamente um sindicato composto na sua maioria por docentes de quadro, com idades avançadas e que pretendem uma educação retrógrada, sem qualquer entusiasmo para as escolas e alunos, pois nem eles próprios têm vontade de leccionar nem mostram entusiasmo para formar crianças. Muitos deles, nem sequer se levantam das suas cadeiras para dar uma aula. 
Ou seja, para estes docentes, certamente, mais duas semanas de aulas prejudica-os bastante, são mais uns dias que têm que cumprir um horário e estar sentados de frente à secretária (das 9h ás 15:30m), sempre na mesma sala.
Atenção, existem excepções e eu conheço algumas!!!
Ora, faz alguns meses que a FENPROF, também se manifestou e "consegui ganhar" a dura batalha que foi travar as AEC's, deixando apenas uma hora diária para estas atividades e sempre à mesma hora (último tempo). Mas, se estão tão cansados assim porque não concorrem apenas às AEC's (5horas semanais)? Assim a sua carga horária não é tão pesada e sempre aproveitam para ir a outras escolas e não estar apenas numa sala. É obvio, que também tem que receber o valor das AECs, em vez dos actuais salários. Salários esses que um técnico de AEC recebe, visto não haver flexibilidade por parte dos docentes para poderem ter um horário mais composto e com mais horas, submetendo-se ás 5h semanais como a FENPROF exigiu!!!

Que me dizem? FENPROF, é justo??


Aqui fica

Passar ou Reprovar?

Acabei de ler um excelente texto de José Morgado para o blog atentainquietude, que decidi partilhar convosco e muito dentro do quem vindo a ser noticia nos meios de comunicação referente a certas escolas que estão a passar alunos com 7 negativas.

Aqui fica o texto, na íntegra:

"Ao que parece, no cumprimento das disposições legais em matéria de avaliação escolar verifica-se alguma latitude nas decisões das escolas no que respeita à transição ou retenção dos alunos em anos não terminais de ciclo no ensino básico. No Público é referida a situação de escolas em que os alunos “passam” de ano com sete negativas o que noutras escolas não se verifica.
Sempre que se reflecte sobre estas questões insisto que a questão essencial me parece ser o efeito da retenção e menos os critérios da retenção.
Recordo que no Relatório “Low-Performing Students - Why They FallBehind and How To Help Them Succeed” divulgado pela OCDE no início deste ano se evidencia que o “chumbo”, a retenção, é para os alunos portugueses o principal factor de risco para os resultados na avaliação posterior, dito de outra maneira, os alunos chumbam … mas não melhoram.
De novo e sempre.



O peso insustentável da retenção no nosso sistema escolar parece assentar na errada convicção de que a repetição só por si conduz ao sucesso e alimenta o que a OCDE já classificou de "cultura da retenção". Importa ainda considerar o impacto económico desta cultura como evidenciou um estudo recente realizado pela associação Empresários pela Inclusão Social e pelo Centro de Estudos de Sociologia da Universidade Nova de Lisboa.
Confesso sempre alguma surpresa quando ao discutir-se os efeitos pouco positivos da retenção, cerca de 150 000 alunos por ano, algumas vozes, mesmo dentro do universo da educação, clamam que se está a promover o "facilitismo" ou a defender que "então passam sem saber".
Como me parece evidente não é dada disto. Como exemplo, a Noruega tem uma taxa de retenção próxima do 0% e não consta que os alunos noruegueses passem sem saber, são, aliás, dos alunos com melhores resultados nos estudos comparativos internacionais.
A questão é saber se o chumbo transforma o insucesso em sucesso. Não transforma, repetir só por repetir não produz sucesso, aliás gera mais insucesso conforme os estudos mostram. Muitos estudos internacionais também mostram que os alunos que começam a chumbar, tendem a continuar a chumbar, ou seja, a simples repetição do ano, não é para muitos alunos, suficiente para os devolver ao sucesso. Os franceses utilizam a fórmula “qui redouble, redoublera” quando referem esta questão.
Nesta conformidade e do meu ponto de vista, a questão central não é o chumba, não chumba, e quais os critérios ou o número de exames, mas sim que tipo de apoios, que medidas e recursos devem estar disponíveis para alunos, professores e famílias desde o início da percepção de dificuldades com o objectivo de evitar a última e genericamente ineficaz medida do chumbo. É necessário diversificar percursos de formação com diferentes cargas académicas e finalizando sempre com formação profissional. Importa ainda que as políticas educativas sejam promotoras de condições de sucesso para alunos e professores. O aumento do número de alunos por turma no Ensino Básico e no Secundário, a forma como foram definidas as metas curriculares, a cultura de competição e centrada exclusivamente em resultados, os cortes no número de docentes que poderiam desenvolver dispositivos de apoio, são apenas alguns exemplos do que não deve ser feito se, efectivamente, se quiser promover qualidade e sucesso.
Como é evidente este tipo de discurso não tem rigorosamente a ver com "facilitismo" e, muito menos, com melhoria "administrativa" das estatísticas da educação, uma tentação a que nem sempre se resiste.
Assim sendo, o essencial é promover e tornar acessíveis a alunos, professores e famílias apoios e recursos adequados e competentes de forma a evitar a última e genericamente ineficaz medida do chumbo. É fundamental não esquecer que o insucesso continua a atingir fundamentalmente os alunos oriundos de famílias com pior condição económica e social pelo que inibe o objectivo da mobilidade social, replicando o velho "tal pai, tal filho". A associação entre o insucesso e a pobreza em Portugal é, aliás, a mais forte entre os países europeus.
É necessário também diversificar percursos de formação com diferentes cargas académicas e finalizando sempre com formação profissional mas não em idades precoces criando percursos irreversíveis de "segunda" para os "sem jeito para a escola" e "preguiçosos".
A qualidade promove-se, é certo e deve sublinhar-se, com a avaliação rigorosa e regular das aprendizagens, sim, naturalmente, mas também com a avaliação do trabalho dos professores, com a definição de currículos adequados, com a estruturação de dispositivos de apoio a alunos e professores eficazes e suficientes, com a definição de políticas educativas que sustentem um quadro normativo simples e coerente e modelos adequados de autonomia, organização e funcionamento das escolas, com a definição de objectivos de curto e médio prazo, etc.
É o que acontece, genericamente, nos países com mais baixas taxas de retenção escolar.
É o que não tem acontecido em Portugal."



terça-feira, 28 de junho de 2016

A Importância das Atividades Lúdicas na Educação Infantil

Muitos se questionam o porque das crianças terem atividades lúdicas e expressivas, afirmando mesmo que isso apenas serve para lhes ocupar o tempo. Mas estão enganados, pois estudos comprovam exatamente o contrário e como as atividades lúdicas e expressivas são de extrema importância para o desenvolvimento das crianças.



Deixo aqui um dos artigos escrito por Ângela Cristina Munhoz Maluf, Mestre em Ciências da Educação,docente de graduação e pós-graduação,psicopedagoga, especialista em Educação Infantil e Especial, escritora, palestrante e consultora de projetos.

"Estudos e pesquisas têm comprovado a importância das atividades lúdicas, no desenvolvimento das potencialidades humanas das crianças, proporcionando condições adequadas ao seu desenvolvimento físico, motor, emocional, cognitivo, e social. Atividade lúdica é toda e qualquer animação que tem como intenção causar prazer e entretenimento a quem pratica. São lúdicas as atividades que propiciam a experiência completa do momento, associando o ato, o pensamento e o sentimento. A criança se expressa, assimila conhecimentos e constrói a sua realidade quanto está praticando alguma atividade lúdica. Ela também espelha a sua experiência, modificando a realidade de acordo com seus gostos e interesses.

Na educação Infantil podemos comprovar a influência positiva das atividades lúdicas em um ambiente aconchegante, desafiador, rico em oportunidades e experiências para o crescimento sadio das crianças.

Os primeiros anos de vida são decisivos na formação da criança, pois se trata de um período em que a criança está construindo sua identidade e grande parte de sua estrutura física, socioafetiva e intelectual. É, sobretudo, nesta fase que se deve adotar várias estratégias, entre elas as atividades lúdicas, que são capazes de intervir positivamente no desenvolvimento da criança, suprindo suas necessidades biopsicossociais, assegurando-lhe condições adequadas para desenvolver suas competências.

Todas as instituições que atendem crianças de 0 a 5 anos, deve promover o seu desenvolvimento integral, ampliando suas experiências e conhecimentos, de forma a estimular o interesse pela dinâmica da vida social e contribuir para que sua integração e convivência na sociedade sejam produtivas e marcadas pelos valores de solidariedade, liberdade, cooperação e respeito. As intuições infantis precisam ser acolhedoras, atraentes, estimuladoras, acessíveis ás crianças e ainda oferecer condições de atendimento ás famílias, possibilitando a realização de ações sócioeducativas.



As crianças necessitam receber nas instituições de educação infantil:

• Ações sistemáticas e continuadas que visam a fornecer informações; 
• Realizar vivências através de atividades lúdicas; 
• Aprimorar conhecimentos.

São vários os benefícios das atividades lúdicas, entre eles estão:

• Assimilação de valores; 
• Aquisição de comportamentos; 
• Desenvolvimento de diversas áreas do conhecimento 
• Aprimoramento de habilidades; 
• Socialização.

Quanto ao tipo de atividades lúdicas existentes, são muitas, podemos citar:

• Desenhar; 
• Brincadeiras; 
• Jogos; 
• Danças; 
• Construir coletivamente; 
• Leituras; 
• Softwares educativos; 
• Passeios; 
• Dramatizações; 
• Cantos; 
• Teatro de fantoches, etc.

As atividades lúdicas podem ser uma brincadeira, um jogo ou qualquer outra atividade que permita tentar uma situação de interação. Porém, mais importante do que o tipo de atividade lúdica é a forma como é dirigida e como é vivenciada, e o porquê de estar sendo realizada.

Toda criança que participa de atividades lúdicas, adquire novos conhecimentos e desenvolve habilidades de forma natural e agradável, que gera um forte interesse em aprender e garante o prazer.

Na educação infantil, por meio das atividades lúdicas a criança brinca, joga e se diverte. Ela também age, sente, pensa, aprende e se desenvolve. As atividades lúdicas podem ser consideradas, tarefas do dia-a-dia na educação infantil.

De acordo com Teixeira (1995), vários são os motivo que induzi os educadores a apelar às atividades lúdicas e utilizá-las como um recurso pedagógico no processo de ensino-aprendizagem.

Segundo Schwartz (2002), a criança é automotivada para qualquer prática, principalmente a lúdica, sendo que tendem a notar a importância de atividades para o seu desenvolvimento, assim sendo, favorece a procura pelo retorno e pela manutenção de determinadas atividades.



Huizinga (1996), diz que numa atividade lúdica, existe algo “em jogo” que transcende as necessidades imediatas da vida e confere um sentido à ação.

Para Schaefer (1994), as atividades lúdicas promovem ou restabelecem o bem estar psicológico da criança. No contexto de desenvolvimento social da criança é parte do repertório infantil e integra dimensões da interação humana necessária na análise psicológica (regras, cadeias comportamentais, simulações ou faz-de-conta aprendizagem observacional e modelagem).

Toda a atividade lúdica pode ser aplicada em diversas faixas etárias, mas pode sofrer intervenção em sua metodologia de aplicação, na organização e no prover de suas estratégias, de acordo com as necessidades peculiares das faixas etárias. As atividades lúdicas têm capacidade sobre a criança de gerar desenvolvimento de várias habilidades, proporcionando a criança divertimento, prazer, convívio profícuo, estímulo intelectivo, desenvolvimento harmonioso, autocontrole, e auto-realização.

O educador deverá propiciar a exploração da curiosidade infantil, incentivando o desenvolvimento da criatividade, das diferentes formas de linguagem, do senso crítico e de progressiva autonomia. Como também ser ativo quanto às crianças, criativo e interessado em ajudá-las a crescerem e serem felizes, fazendo das atividades lúdicas na educação Infantil excelentes instrumentos facilitadores do ensino-aprendizagem.

As atividades lúdicas, juntamente com a boa pretensão dos educadores, são caminhos que contribuem para o bem-estar, entretenimento das crianças, garantindo-lhes uma agradável estadia na creche ou escola. Certamente, a experiência dos educadores, além de somar-se ao que estou propondo, irá contribuir para maior alcance de objetivos em seu plano educativo."



Abertura de candidaturas: 4.ª Edição do Selo de Escola Intercultural

Encontram-se abertas as candidaturas para a 4.ª Edição do Selo de Escola Intercultural. Os estabelecimentos de educação e ensino poderão apresentar a sua candidatura de 27 de junho de 2016 a 15 de julho de 2016.

A Direção-Geral da Educação (DGE) e o Alto Comissariado para as Migrações, I.P. (ACM, I.P.) têm o prazer de convidar os estabelecimentos de educação e ensino a participar na 4.ª edição do Selo de Escola Intercultural.

Com esta iniciativa, pretende-se distinguir os estabelecimentos de educação e ensino públicos, particulares ou cooperativos que, através dos seus projetos educativos e das suas práticas, promovem o reconhecimento e a valorização da diversidade linguística e cultural, como uma oportunidade e fonte de aprendizagem para todos/as.

Esta distinção traduz-se na atribuição de um certificado e de um selo digital por Níveis de certificação - Nível I, Iniciação; Nível II, Intermédio; Nível III, Avançado -, para utilizar em elementos de comunicação, durante dois anos letivos consecutivos.

Os estabelecimentos de educação e ensino aos quais foi atribuído o distintivo de Selo de Escola Intercultural, no ano letivo de 2014/2015, que queiram melhorar o nível de certificação atribuído, podem apresentar candidatura à presente edição, sendo apenas considerada a nova pontuação final no caso de esta conferir nível de certificação superior ao anteriormente obtido, com correspondente atribuição de novo Selo, igualmente válido por dois anos letivos consecutivos.

A candidatura a apresentar deverá refletir uma visão multifacetada do estabelecimento de educação e ensino, pelo que se recomenda a constituição de um grupo de trabalho composto por diferentes intervenientes na vida da escola.

O prazo de candidaturas decorre de 27 de junho de 2016 a 15 de julho de 2016.

O procedimento de candidatura é submetido eletronicamente, através do preenchimento doGuião de Avaliação de Práticas de Educação Intercultural, acessível na plataformahttp://area.dge.mec.pt/selointercultural.

Quaisquer esclarecimentos complementares poderão ser solicitados através do seguinte endereço eletrónico: cidadania.edu.intercultural@dge.mec.pt.



Regulamentos para a constituição, funcionamento e avaliação de turmas com Percursos Curriculares Alternativos (PCA) e Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF)

Já se encontram disponíveis na página oficial da Direção-Geral da Educação os Regulamentos para a constituição, funcionamento e avaliação de turmas com Percursos Curriculares Alternativos (PCA) e Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF)para o ano letivo de 2016/2017, assim como, os seguintes documentos de apoio à implementação da medida PIEF: Ficha de Sinalização do aluno; Ficha de Caracterização e Diagnóstico do aluno; Proposta de Intervenção Socioeducativa


Abertura de candidatura à apresentação de Planos de Ação Estratégica

Encontram-se abertas as candidaturas à apresentação de planos de acção estratégica dos Agrupamentos de Escolas e Escolas não Agrupadas com vista à promoção do sucesso escolar.

EDITAL




segunda-feira, 27 de junho de 2016

Educação: Afinal para que servem os Sindicatos? Para destruir e "ser do contra"!!!!

Já há algum tempo que ando para reagir e comentar a opinião e o trabalho dos sindicatos pois cada vez mais me deparo com situações absurdas por parte dos mesmos. 
Ao ler o jornal O Público, deparo-me com a opinião da FNE (Federação Nacional de Educação) relativamente ao aumento de 2 semanas para as aulas no próximo ano letivo.
E qual a opinião da FNE? Em primeiro lugar não concordam (como sempre acontece com qualquer sindicato), pois isso não melhoraria os resultados dos alunos! Afinal as aulas servem apenas para melhorar os resultados, e para aparecerem números estatísticos? Pois para estas entidades sim, porque o que conta para eles são os números (monetários) e não os verdadeiros interesses das crianças!
Pois, nos últimos anos estes sindicatos, assim como a FENPROF e afins apenas tentam destruir trabalho, e estão sempre contra tudo e todos, e sejamos sinceros... para os sindicatos apenas interessa o número de sindicalizados. Porquê? Mais dinheiro a entrar.
Já pensaram que quando precisão de alguma coisa, os sindicatos em pouco ajudam? Apenas consideram que a melhor ajuda é uma manifestação, ou seja, desfile com gritos e cartazes, quando na verdade existe muitas outras maneiras de nos manifestar a nossa oposição a certos aspetos.



A FNE, uma vez mais, acha que deve meter o "nariz" em tudo, assim como a FENPROF e afins, e a verdadeira razão para criticarem este aumento é apenas, do meu ponto de vista, não lhes terem informado nem ouvido a opinião, e como o Público refere segundo fonte da FNE: "A estrutura sindical critica o facto de o diploma ter sido publicado sem ouvir os sindicatos e de, por isso, manter erros de despachos anteriores e ainda "introduzir um novo erro, com o alargamento do tempo escolar no 1º ciclo", "A estrutura sindical defende por isso que deve existir um tempo de debate e decisão, "para que no próximo ano lectivo se anulem as questões negativas" que têm vindo a identificar" e
"A FNE lembra que a organização dos tempos escolares envolve a qualidade das condições de trabalho dos docentes, os ritmos de concentração e tempos úteis de aprendizagem dos alunos e ainda a organização da vida familiar e social".
Pois bem, e como podemos ler neste último excerto ("a organização dos tempos escolares envolve a qualidade das condições de trabalho dos docentes"), o que assistimos é que cada vez mais existem docentes que apenas pretendem receber o seu salário e ter um horário das 9h ás 15h, seguido, pois também estão a tentar destruir as horas de AEC's, que em muito contribuem para o desenvolvimento das crianças, como tem vindo a ser provado, tentando coloca-las apenas no fim do dia, e levando ás condições precárias e horários semanais de 5h para cada docente de AEC. E este ano verificou-se bem o que aconteceu na maioria das escolas devido a oferecerem apenas 5h a cada técnico. Ou seja, quase todos os meses tinha que contratar um novo técnico, porque o que estava não conseguia sobreviver com apenas 5h.

Outra questão, estes anos tem-se verificado que os professores não têm tempo para conseguir dar todo o programa proposto e constantemente se queixam da falta de tempo para o poder dar, agora com mais 2/3 semanas critica-se que é tempo a mais, e que em nada contribuí???

Pois bem, aconselho-vos a ver o filme "Nunca Desistas", e aí vão entender bem como funcionam os sindicatos. Ou seja, para tentar destruir quem tenta fazer um bom trabalho e luta por algo de bom!

E assim disse uma milésima do que poderia referir sobre este assunto, e peço desculpas por alguns erros mas a noticia e estas atitudes tiram-me do sério!!!



Sugestões de atividades para crianças sem gastar dinheiro

Faz alguns dias em que partilhei, aqui no blogue, algumas sugestões de atividades para realizar com as crianças sem sair de casa.
Numa altura em que as crianças estão, na sua maioria, de férias por um longo período surge algumas dificuldades em encontrar atividades para as ocupar e que acima de tudo sejam a baixo custo.
Assim, sendo encontrei algumas atividades de verão que poderá realizar com as crianças, sem gastar dinheiro algum. 



Escolha as que mais se adaptam a si e às suas crianças e...
Aproveitem as Férias!

  1. Ver o sol nascer na praia
  2. Observação de estrelas
  3. Fazer uma caminhada
  4. Aprender uma língua nova
  5. Jogar às escondidas durante o dia
  6. Jogar às escondidas durante a noite
  7. Observar pirilampos
  8. Visitar o jardim zoológico
  9. Organizar uma venda de garagem (ajude as crianças a desfazerem-se das coisas que já não querem/usam)
  10. Fazer colares/pulseiras de missangas
  11. Contar histórias à volta de uma fogueira
  12. Aprender uma coreografia divertida
  13. Descobrir todos os parques infantis da vossa cidade
  14. Apanhar flores e fazer arranjos para casa
  15. Fazer um teatro de sombras
  16. Organizar uma caça ao tesouro
  17. Fazer sabonetes caseiros
  18. Jogar à macaca
  19. Começar um jardim
  20. Luta de pistolas de água
  21. Brincar na lama
  22. Criar uma cidade de Legos
  23. Fazer um passeio de bicicleta em família (ou vários!)
  24. Aprender a voar um papagaio
  25. Organizar uma festa de pijama
  26. Montar uma tenda no jardim para acampar uma noite
  27. Fazer bolachas
  28. Montar uma barraquinha de limonada para vender aos vizinhos
  29. Ligar o sistema de rega e brincar no jardim
  30. Plantar uma árvore
  31. Criar aviões de papel gigantes e fazer uma corrida para ver aquele que voa mais longe
  32. Organizar a tarde ou noite das anedotas
  33. Apanhar fruta/legumes numa quinta local
  34. Nadar no rio
  35. Nadar no mar
  36. Nadar numa piscina
  37. Fazer castelos na areia
  38. Visitar uma biblioteca e trazer livros emprestados
  39. Ver um filme ao ar livre
  40. Fazer um piquenique
  41. Confecionar gelados em casa
  42. Jogar às cartas
  43. Fazer um projeto com tie dye
  44. Observação de pássaros
  45. Fazer e decorar cupcakes
  46. Brincar à guerra das almofadas no jardim
  47. Visitar um museu (ou dois!)
  48. Organizar uma tarde de mini-spa
  49. Aprender a fazer origami
  50. Organizar uma sessão de karaoke em casa
  51. Fazer bolinhas de sabão
  52. Montar escorregas de água no jardim com um aspersor e sacos do lixo grandes estendidos na relva
  53. Jogar à apanha
  54. Fazer voluntariado
  55. Observar as nuvens
  56. Jogar jogos de tabuleiro na varanda depois do jantar
  57. Fazer desenhos com giz no pátio da casa
  58. Aprender alguns truques de magia
  59. Escrever e enviar cartas para familiares/amigos que estão longe
  60. Pintar telas em branco
  61. Luta com balões de água
  62. Aprender a tocar um instrumento
  63. Saltar à corda
  64. Ir à pesca
  65. Trabalhar com barro
  66. Fazer uma viagem de comboio
  67. Jogar ao disco voador
  68. Assistir a um concerto ao ar livre
  69. Dançar à chuva
  70. Passar um dia num parque aquático
  71. Visitar uma quinta
  72. Andar de barco
  73. Fazer um roteiro turístico pela vossa cidade
  74. Jogar à bola
  75. Apanhar pedras
  76. Apanhar conchas
  77. Criar um espanta-espíritos
  78. Fazer pequenas experiências científicas em casa
  79. Organizar um chá das cinco
  80. Aprender a fazer croché/tricô
  81. Brincar ao faz de conta com roupa e acessórios  
  82. Criar um forte com caixas de cartão vazias
  83. Fazer um puzzle com mais de mil peças
  84. Passar um dia num parque de diversões
  85. Visitar o quartel dos bombeiros
  86. Aprender a fazer malabarismo
  87. Construir uma casa de árvore
  88. Montar uma estação de lavagem para bicicletas/triciclos
  89. Escrever e ilustrar uma história
  90. Jogar ténis num campo de ténis
  91. Fazer pizza caseira
  92. Observar e estudar insetos
  93. Passar um dia no campo
  94. Aprender a jogar xadrez
  95. Construir uma casa de pássaros
  96. Fazer um road trip
  97. Visitar um mercado/feira de rua
  98. Ver o pôr-do-sol na praia
  99. Tirar muitas fotografias…
  100. …para depois compor um álbum ou scrapbook do verão!

sábado, 25 de junho de 2016

Calendário Escolar 2016/2017

Já foi publicado o calendário escolar relativamente ao ano letivo 2016/2017.
O inicio das aulas será entre 9 e 15 de setembro para todos os anos.

Alterações no termo do 3º período, que termina mais tarde:
-1º Ciclo termina a 23 de junho de 2017
-2º Ciclo termina a 16 de junho de 2017
-3º Ciclo (7º e 8ºano) termina a 16 de junho de 2017
- 3º Ciclo (9ºano) termina a 6 de junho de 2017
- Secundário (11º e 12º ano) termina a 6 de junho de 2017 e
- Secundário (10º ano) termina a 16 de junho

No mesmo despacho, encontram-se também já as datas das provas de aferição e das provas finais, assim como a calendarização dos exames finais nacionais.

Ver despacho com calendário


quinta-feira, 23 de junho de 2016

Sugestões de atividades para crianças

Aqui fica uma lista de algumas atividades que poderá fazer com as crianças, sem ter que sair de casa:



  1. Fazer um piquenique dentro de portas.
  2. Construir uma tenda, usando cadeiras, lençóis e mantas.
  3. Fazer fantoches de meias.
  4. Pintar quadros com os dedos.
  5. Confecionar biscoitos decorá-los com pasta de açúcar colorida.
  6. Uma festa com música e muitas danças divertidas.
  7. Um chá das cinco.
  8. Ler histórias de embalar.
  9. Fazer pedicure.
  10. Brincar aos professores.
  11. Fazer um livro de letras, cada letra tem direito a uma fotografia ou imagem recortada de uma revista.
  12. Ver álbuns de fotografias.
  13. Fazer um vídeo e vê-lo no final.
  14. Pintar com guache.
  15. Brincar com as bonecas.
  16. Brincar com carros de corrida.
  17. Jogar jogos de tabuleiro.
  18. Colorir desenhoscom lápis de cera.
  19. Fazer fantoches de sacos de papel.
  20. Ver um filme e comer pipocas.
  21. Fazer uma caça ao tesouro.
  22. Confecionar bolachas com pepitas de chocolate.
  23. Brincar aos vestidos.
  24. Fazer moinhos de vento.
  25. Fazer chapéus de papel.
  26. Fazer um lanche saudável.
  27. Fazer uma corrida de obstáculos em casa.
  28. Brincar às escondidas.
  29. Fazer uma luta de bolas de neve usando meias.
  30. Construir um forte com caixas de cartão e fita-cola.
  31. Fazer planos e convites para uma festa.
  32. Construir um puzzle de um desenho, colando-o num cartão e recortando as peças.
  33. Encher uma pequena piscina na cozinha e deixar as crianças brincar em água quente.
  34. Preparar a decoração de Natal.
  35. Criar um cartão para o Dia dos Namorados.
  36. Construir uma estrada no corredor da casa, criando as linhas brancas com fita-cola branca.
  37. Fazer carimbos com maçãs: cortar uma maçã a meio e fazer carimbos com uma tinta lavável.
  38. Aprender uma nova música.
  39. Fazer um colar com rebuçados.
  40. Criar um concurso de talentos.
  41. Fazer confetes com um furador de papel.
  42. Fazer um cartão para oferecer, decorado com massas coloridas coladas.
  43. Uma corrida de berlindes.
  44. Esculpir barro, deixar secar e pintar.
  45. Fazer manicure.
  46. Criar cartões de picotar, recortados das caixas de cereais para crianças.
  47. Fazer um calendário para ir riscando ou colando autocolantes até ao dia do aniversário.
  48. Brincar com Legos.
  49. Escrever cartas aos avós.
  50. Fazer uma coroa de papel e brincar aos reis e rainhas.
  51. Tirar fotografias a fazer caretas.
  52. Fazer carros grandes de caixas de cartão, cortar buracos para as pernas e deixar as crianças correrem pela casa.
  53. Brincar aos semáforos: luz verde, luz amarela, luz vermelha.
  54. Fazer um fato de super-herói com o que tiver em casa.
  55. Coloque um montão de almofadões no chão e deixar as crianças atirarem-se contra elas.
  56. Planear um jantar romântico com a ajuda das crianças.
  57. Veja vídeos de família antigos.
  58. Faça um bolo de chocolate.
  59. Crie caminhos de papel higiénico à volta de casa.
  60. Construa aviões de papel.
  61. Leia os livros favoritos.
  62. Fazer cupcakes e deixar as crianças tratarem da decoração.
  63. Planear as próximas férias de família.
  64. Ensinar as crianças a coser.
  65. Reorganizar uma divisão da casa.
  66. Imitar um vídeo de aeróbica.
  67. Criar um bar de chocolate com chocolate quente, leite achocolatado, marshmallows, natas…
  68. Fazer pequenas pizzas.
  69. Fazer uma peça de teatro.
  70. Deixar as crianças usar maquilhagem, será bem divertido.
  71. Imprimir desenhos para colorir e fazer pinturas.
  72. Montar uma tenda dentro de casa e fazer campismo.
  73. Brincar aos médicos.
  74. Atirar bolas para dentro de baldes: quem encher primeiro ganha!
  75. Ler um livro e encenar a história.
  76. Bowling dentro de portas.
  77. Brincar às mercearias.
  78. Tomar um banho com espuma e montes de brinquedos dentro da banheira.
  79. Encher balões de água e atirar pela janela para o quintal a alvos.
  80. Encenar um baile de príncipes ou princesas.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Afinal do que precisam as crianças? Serem Felizes ou Serem as melhores?

Afinal do que precisam as crianças? Serem Felizes ou Serem as melhores?
Aqui fica um texto sobre o assunto.

Vivemos em uma sociedade altamente competitiva em que parece que nada é suficiente. Temos a sensação de que se não colocarmos bateria nos filhos eles terminarão atrás, sendo barrados pelos melhores do que ele.

Por isso, não é estranho que nas últimas décadas muitos pais assumiram um modelo de educação sustentado na hiperpaternidade (pais helicópteros que não se cansam de voar sobre seus filhos, incessantemente). Trata-se de pais que desejam que seus filhos estejam preparados para a vida, mas não é no sentido da sorte do destino de cada um. É mais restrito: querem que seus filhos tenham o conhecimento e as habilidades necessárias para se realizar em uma boa profissão, conquistar um bom trabalho e ganhar o suficiente.

Estes pais traçam uma meta: querem que seus filhos sejam os melhores. Para conseguir, não duvidam em apontar-lhes diversas atividades, preparar o caminho até aos limites inacreditáveis e, por hipótese, conquistar o êxito a qualquer peço. E o pior de tudo é que creem que o fazem “por seu bem”.

O principal problema deste modelo de educação dos filhos é a pressão desnecessária sobre os pequenos, uma pressão que termina tirando-lhes sua infância e esta atitude cria adultos emocionalmente fracos.




Os perigos de empurrar os filhos ao êxito

A maioria dos filhos são obedientes e podem alcançar os resultados que seus pais lhes pedem. Se as deixaram agir sozinhos serão capazes de conduzir seu pensamento autônomo e as habilidades naturais podem conduzi-los ao êxito verdadeiro. Se não lhes damos espaço e liberdade no seu próprio caminho quando lhes enchemos de expectativas, o filho não poderá tomar suas próprias decisões, experimentar e desenvolver sua personalidade.


Pretender que os filhos sejam sempre melhores traz grandes perigos

Gera uma pressão desnecessária que lhes retira a infância. A infância é um período de aprendizagem, mas também de alegria e diversão. Os filhos devem aprender de maneira divertida, devem errar, perder o tempo, deixar voar a sua imaginação e passar seu tempo com outras crianças. Esperar que as crianças sejam “os melhores” em determinada área – colocando sobre eles expectativas muito elevadas – somente fará que suas frágeis rótulas se dobrem ante o peso de uma pressão que não necessitam. Esta forma de educar termina arrebatando-lhes a sua infância.


Provoca a perda da motivação essencial e o prazer

Quando os pais se concentram mais nos resultados que no esforço, a criança perderá a motivação essencial porque compreenderá que conta mais o resultado que o caminho que está seguindo. Portanto, aumentam as possibilidades de que cometa fraude no colégio. Por exemplo, verá que não é tão importante que aprenda se a nota for boa. Da mesma maneira, vai concentrar-se nos resultados, e vai perder o interesse pelo caminho, e deixa de aproveitá-lo.


A semente do medo e do fracasso

O medo ao fracasso é uma das sensações mais limitadoras que podemos experimentar. E esta sensação está intimamente vinculada com a concepção que temos sobre o êxito. Portanto, empurrar as crianças desde cedo ao êxito desde pequenininho só serve para plantas neles a semente do medo ao fracasso. Como consequência, é provável que estes pequenos não se tornem adultos independentes e empreendedores, como querem seus pais. Serão pessoas que preferem a mediocridade somente porque têm medo de fracassar.


A perda da autoestima

Muitas das pessoas mais exitosas, profissionalmente falando, não são seguras de si. De fato, muitas supermodelos, por exemplo, dizem que estão feias e gordas, quando na realidade são ícones de beleza. Isto acontece porque o nível de perfeccionismo a que sempre são submetidas. Elas acreditam que nunca estarão em forma e que um pequeno erro na dieta será motivo para que as outras as vejam diferentes. As crianças que crescem com esta ideia se convertem em adultos inseguros, com uma baixa autoestima, e acreditam que não são suficientemente boas para serem amadas. Como resultado, vivem dependentes das opiniões dos outros.

O que realmente deve saber uma criança?

As crianças não necessitam de ser as melhores, somente necessitam ser felizes. Por isso, deve assegurar-se de que seu filho perceba:

– Que é amado de forma incondicional e em todos os momentos; sem importar os erros que cometa.

– Que está a salvo, que lhe protegerá, e a apoiará sempre que precisar.

– Que pode fazer tolices, perder o tempo fantasiando e brincando com seus amigos.

-Que pode fazer o que mais gosta e dedicar-se a essa paixão, sem importar de que se trata. Que pode passar o seu tempo livre pintando flores coloridas ou pintando gatos com seis patas se é o que lhe dá alegria, em vez de praticar a fonética e o cálculo.

-Que é uma pessoa especial e maravilhosa, igual a muitas outras pessoas no mundo.

-Que merece respeito e que deve respeitar os direitos dos demais.

E o que deve fazer os pais?

Também é fundamental que os pais percebam:

– Que cada criança aprende no seu próprio ritmo, e não devem confundir o estímulo que desenvolve com a pressão que sufoca.



Texto da psicologa Jennifer Delgado (Tradução livre pelo PORTAL RAIZES)

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Saiba porque é importante ler para as crianças!!

Ao lermos para as crianças (desde bebés), as mesmas, têm o seu desenvolvimento cognitivo, emocional e social estimulado!



Partilho o artigo da Psicanalista e professora Ninfa Parreiras para o site Carta Educação:

Por que as crianças gostam de ouvir histórias? Como os adultos podem ler contos e poemas para elas? A história contada é diferente da lida? São questões que devem ser discutidas entre os educadores e também no seio das famílias. A leitura é um alimento necessário para a participação na vida social e para a formação cidadã da criança.

Ao aprender a ler, ela se apropria do mundo ao seu redor. Isso se dá quando diferentes práticas de leitura acontecem, com a aproximação a uma diversidade de livros.

As crianças hoje são levadas para a escola cada vez mais cedo, antes mesmo de completarem os primeiros anos, e a escola passa a ser o lugar onde ela precisa brincar, aprender e ser cuidada. Brincar é uma atividade necessária para todos.

Na infância, a brincadeira possibilita o exercício da fantasia e facilita a comunicação. Mesmo que não haja brinquedos, a criança os inventa.

Desde pequena, ela estabelece uma relação com algum objeto ao seu redor, que pode ser um brinquedo ou também um livro. É por meio do contato com esses objetos que ele vai conhecer as coisas e as pessoas: ao tocar, ao levar à boca, ao sentir o que existe perto dele. Ele descobre ruídos, texturas, sabores, cheiros, cores.



Ao mesmo tempo, a entrada no universo da linguagem se dá antes mesmo de a criança entrar para a escola. A maneira como os adultos a cuidam: o olhar, os gestos, os ruídos (desde os sons sem sentido às cantigas), tudo isso inaugura o processo da aproximação à leitura. Antes da comunicação verbal, o bebê aprende a comunicação não verbal, revelada pelos modos como os adultos se interagem com ele.

Em pesquisa recente da Fundação Itaú Social, 96% dos brasileiros consideram importante ou muito importante o incentivo à leitura para crianças pequenas, de até cinco anos. Porém, apenas 37% dos entrevistados costumam ler livros ou histórias para elas. Por que poucos adultos leem para as crianças? Quais receios ou falta de informação podem desencadear esses resultados?

A leitura não atrapalha o desenvolvimento escolar da criança, ela é uma ferramenta para os pais e educadores. As crianças precisam ouvir histórias para aguçar sua imaginação. Isso facilita o processo de letramento, de aquisição da leitura e escrita autônomas. Ao ouvir histórias, seu desenvolvimento cognitivo, emocional e social é estimulado.

A escola, como um espaço cultural, tem um potencial para educar, entreter, alimentar, cuidar dos alunos. Os educadores podem e devem criar situações lúdicas em que os sons e as palavras são os instrumentos para introduzir a criança no mundo da literatura.

Ao cantar versos para as crianças ou juntamente com elas, o educador traz um ritmo e uma melodia que são repetidas por elas.

Novas palavras e novos sons são descobertos. Ao fazer uma roda e ler uma história ou um poema, o educador estabelece um momento de encantamento e de descobertas. A criança espera a hora do conto ou a rodinha de histórias. Isso pode ser uma rotina na prática escolar.

Muitas vezes, por falta de informação ou de esclarecimentos, o contato com a leitura se dá de uma forma mecânica e pouco natural. Ao cantar (cantigas de ninar e de roda, adivinhas, parlendas) para os bebês e crianças, os adultos contribuem para a aproximação deles à literatura.

A tradição oral revela um manancial de expressões que podem iniciar os pequenos no universo literário. Ao mesmo tempo, a cultura letrada está cada vez mais perto de nós e o direito à leitura literária deve ser de todos.

A literatura, por ser uma invenção em palavras, abre um leque de possibilidades interpretativas que o texto informativo não tem.

Antes de a criança frequentar a escola, os pais deveriam envolvê-la com a literatura, seja por meio dos acalantos, das cantigas, seja por meio dos livros de histórias e de poesia. É importante a criança ouvir o texto lido. Um conto lido é diferente de uma história contada.



O que está escrito tem pausas, silêncios, ritmos próprios da língua escrita. A voz e a cadência da leitura marcam uma relação de confiança, de acolhimento para quem ouve.

Para tanto, é necessário que o local seja preparado para o conforto das crianças, estejam sentadas ou deitadas. O adulto deve ler e ao mesmo tempo olhar para as crianças.

Não deve se preocupar com conteúdos pesados (a violência, por exemplo) que estejam em textos ficcionais. A ficção é uma coisa que foi criada para divertir, distrair quem lê.

As crianças sabem que nos livros há histórias cheias de encantamento, de fantasia, de terror. Elas precisam disso para viver, para elaborar as vicissitudes da vida cotidiana.

Quando sonhamos, reproduzimos imagens e sensações que fogem ao nosso controle, à nossa razão. As histórias ficcionais são feitas também desse material dos sonhos: da desrazão, daquilo que não tem explicação racional.

Esses elementos presentes na literatura ajudam as crianças a entenderem os mistérios da nossa existência: o crescimento, as mudanças no corpo, as separações e as faltas.

As famílias devem se comprometer com o trabalho desenvolvido pela escola. O educador pode convidar os responsáveis pelas crianças para encontros com a leitura de obras selecionadas. Por sua vez, pedir a criança para trazer um livro de casa é uma maneira de conhecer o repertório da família.

Um convite aos pais para ler para as crianças ou contar uma história (quando não conseguem ler) pode ser um passo para um vínculo entre a escola, a família e a leitura.

Uma vez por mês contar com a presença de um familiar que vai ler uma história e conversar pode ser a consolidação de um trabalho literário que aproxima a criança, a escola e a família da literatura.