segunda-feira, 18 de julho de 2016

As crianças, a sua vida e os seus sonhos

Recentemente li um artigo, que achei bastante interessante e decidi partilhá-lo convosco.

O nome do artigo, já diz muito: "Trate os seus filhos com cuidado porque são feitos de sonhos"



Aqui fica:

"A infância tem o seu próprio ritmo, a sua própria maneira de sentir, ver e pensar. Poucas pretensões podem ser tão erradas como tentar substituí-la pela forma como nos sentimos, vemos ou pensamos, porque as crianças nunca serão cópias dos seus pais. As crianças são filhas do mundo e são feitas de sonhos, esperanças e ilusões que se acumulam nas suas mentes livres e privilegiadas.

Há alguns meses saiu uma notícia que nos desconcerta e nos convida a refletir. No Reino Unido, muitas famílias preparam as suas crianças de 5 anos para que aos 6 possam fazer um teste, que lhes permite ter acesso às melhores escolas. Um suposto “futuro promissor” pode causar a perda da infância.

Hoje em dia, muitos pais continuam com a ideia de “acelerar” as habilidades de seus filhos, de estimulá-los cognitivamente, colocá-los para dormir ao som de Mozart enquanto ainda estão no útero. Pode ser que essa necessidade de criar filhos aptos para o mundo esteja a educar filhos aptos apenas para si mesmos. Criaturas que com apenas 5 ou 6 anos sofrem o stress de um adulto.

Todos sabemos que nas sociedades em mudança e competitivas são necessárias pessoas capazes de se adaptarem a todas as exigências. Também não temos dúvidas de que crianças britânicas que conseguem entrar nas melhores escolas, conseguirão amanhã um bom trabalho. No entanto, também é necessário perguntar …

Terá valido a pena todo o custo emocional? O perder a infância? O seguir as orientações de seus pais desde os 5 anos?
As crianças são feitas de sonhos e devem ser tratadas com cuidado. Se lhes dermos obrigações de adultos enquanto ainda são apenas crianças, arrancamos-lhes as asas, fazendo-as perderem a sua infância.



Respeitar o tempo, o afeto e os sonhos

A curiosidade é a maior motivação do cérebro de uma criança, por conseguinte, é conveniente que os pais e educadores sejam facilitadores de aprendizagem, e não agentes de pressão. Vejamos agora abordagens interessantes sobre a parentalidade que respeita os ciclos naturais da criança e suas necessidades.


Pais sem pressa – Slow Parenting

O “Slow Parenting” (pais sem pressa) é um verdadeiro reflexo dessa corrente social e filosófica que nos convida a desacelerar, a sermos mais conscientes do que nos rodeia. Portanto, no que se refere à criança, promovemos um modelo mais simplificado, de paciência, com respeito aos ritmos da criança em cada fase de desenvolvimento.

Os eixos básicos que definem o Slow Parenting serão:
A necessidade básica de uma criança é brincar e descobrir o mundo;
Nós não somos “amigos” de nossos filhos, somos suas mães e pais. Nosso dever é amá-los, orientá-los, ser seu exemplo e facilitar a maturidade sem pressão;
Lembre-se sempre de que “menos é mais”. Que a criatividade é a arma dos filhos, um lápis, papel e um campo têm mais poder do que um telefone ou um computador;
Compartilhe tempo com seus filhos em espaços tranquilos.


Parentalidade respeitadora / consciente

Embora o mais conhecido desta abordagem seja o uso de reforço positivo sobre a punição, este estilo educativo inclui muitas outras dimensões que valem a pena conhecer.
Devemos educar sem gritar.
O uso de recompensas nem sempre é apropriado: corremos o risco de nossos filhos se acostumarem a esperar sempre recompensas, sem entenderem os benefícios intrínsecos do esforço, realização pessoal.
Dizer “não” e estabelecer limites não vai gerar nenhum trauma, é necessário.
O forte uso da comunicação, escuta e paciência. Uma criança que se sente cuidada e valorizada é alguém que se sente livre para manter os sonhos da infância e moldá-los até a idade adulta.


Respeitemos a sua infância, respeitemos essa etapa que oferece raízes às suas esperanças e asas às suas expectativas."



sexta-feira, 15 de julho de 2016

Obras Essenciais da Literatura Portuguesa

Para os que não passam sem um bom livro, aqui fica uma lista elaborada pelo DN das obras essenciais da Literatura Portuguesa:

Os Lusíadas, Camões
Livro do Desassossego, Fernando Pessoa
Sermões, Padre António Vieira
Os Maias, Eça de Queiroz
Cancioneiros Medievais (Cantigas de Amigo e de Amor)
Crónica de D. João I, Fernão Lopes
Peregrinação, Fernão Mendes Pinto
Memorial do Convento, José Saramago
Viagens na Minha Terra, Almeida Garrett
A Brasileira de Prazins, Camilo Castelo Branco
Sôbolos Rios que Vão, António Lobo Antunes
A Sibila, Agustina Bessa-Luís



Sonetos, Antero de Quental

Húmus, Raul Brandão
Livro Sexto, Sophia de Mello Breyner Andresen
Menina e Moça, Bernardim Ribeiro

Mau Tempo no Canal, Vitorino Nemésio

A Arte de Ser Português, Teixeira de Pascoaes
A Casa Grande de Romarigães, Aquilino Ribeiro

Sinais de Fogo, Jorge de Sena

Aparição, Vergílio Ferreira Aparição



O Delfim, José Cardoso Pires

Uma Abelha na Chuva, Carlos de Oliveira

Maina Mendes, Maria Velho da Costa
Uma Viagem à Índia, Gonçalo M. Tavares





Poesia
Obra Poética, Sá de Miranda

Poesia, Bocage

O Livro, Cesário Verde

Só, António Nobre
Clepsidra, Camilo Pessanha
Poemas de Deus e do Diabo, José Régio

As Mãos e os Frutos, Eugénio de Andrade
Pena Capital, Mário Cesariny

A Colher na Boca, Herberto Helder
Toda a Terra, Ruy Belo




Teatro

O Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente
A Castro, António Ferreira

Auto do Fidalgo Aprendiz, Francisco Manuel de Melo
Guerras de Alecrim e Manjerona, António José da Silva
O Judeu, Bernardo Santareno


Ensaio
Leal Conselheiro, Rei D. Duarte
Quod nihil scitur, Francisco Sanches
O Verdadeiro Método de Estudar, Luís António Verney
Portugal Contemporâneo, Oliveira Martins
A Ideia de Deus, Sampaio Bruno
Ensaios, António Sérgio

Ir À Índia Sem Sair de Portugal, Agostinho da Silva

O Labirinto da Saudade, Eduardo Lourenço
Tratado da Evidência, Fernando Gil
O Erro de Descartes, António Damásio

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Dicas para incentivar as crianças a ler

Em período de férias muitos são os pais e educadores que gostariam que as crianças dedicassem um pouco do seu tempo à leitura. No entanto, nem todas as crianças têm interesse em ler, e uma das coisas que nunca deve fazer é obrigar a criança a ler, pois as mesmas começam a ter um certo "ódio" pelos livros. As crianças devem ler espontâneamente.
Segundo a escritora e pedagoga Celina Bragança, "A experiência de diálogo com a leitura multiplica possibilidades e faz com que as crianças tomem emprestadas as experiências e os sentimentos dos personagens".



Aqui ficam algumas dicas, retiradas do texto de Mariana Bueno para a Bolsa Mulher:

- Componha o espaço de leitura com recursos lúdicos. Caixas com tecidos de várias texturas, chapéus de várias formas e cores, instrumentos que convidem à sonoplastia ou à criação de enredos, tudo isso conspira para que os leitores se envolvam com as histórias, recriando-as depois de ouvir contações ou observar ilustrações dos livros.

- Deixe livros acessíveis em vários pontos da casa. Entre uma brincadeira e outra, ou ao parar para descansar ou pensar, a criança pode ser atraída por um livro que esteja por perto e encantar-se pela leitura.



- Procure expor os livros na sala ou biblioteca como se fossem brinquedos coloridos, mesclando-os com peças interativas, para que possam chamar a atenção. Em se tratando de crianças, uma opção é intercalar fantoches ou pequenos bonecos como se estivessem saindo dos livros.

- Quanto mais leve e colorido o ambiente, com muita luz natural, se possível, melhor será o efeito. O espaço de leitura deve acolher e convidar à fantasia. Utilize detalhes nas paredes, como quadros ou painéis, e, principalmente, móbiles com múltiplas referências a histórias marcantes.

- Não se esqueça: a formação do leitor é um processo contínuo e dificilmente acontece sem mediação, ou seja, sem a participação de um adulto leitor, capaz de fazer brilhar os olhos de quem está por perto. Por isso, leia sempre, conte histórias, compartilhe experiências de leitura, transforme suas histórias em narrativas, em poesias ou músicas. Faça da palavra o caminho pelo mundo e convide andarilhos para seguirem com você.


segunda-feira, 11 de julho de 2016

AtrMini, A nova aplicação de apoio a Matemática

A Associação Atractor lançou uma nova versão dos jogos AtrMini.
Esta aplicação consiste num conjunto de jogos virtuais para crianças do pré- escolar e do 1º ciclo, nos quais as crianças podem desenvolver o cálculo mental, o cálculo combinado, apreender as frações e a simbologia matemática de forma lúdica e motivadora.


Ver Página AtrMini


sábado, 9 de julho de 2016

Expressão musical contribui para o processo de leitura e escrita

Já venho a defender à algum tempo que a música é de extrema importância para o processo de aprendizagem das crianças. Apesar de muitas escola oferecerem no pré-escolar e no 1º ciclo Música através das Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC), infelizmente apenas oferecem, no máximo, 2horas/semanais. 
Este ano tive a experiência de leccionar música (expressão musical) a turmas do 1º ciclo, e foi sem sombra de dúvida muito positivo, tanto para mim, como para os alunos. Mas, infelizmente 1 a 2 horas semanais pouco dá para produzir algo.



Recentemente um estudo da Universidade de Northwestern (E.U.A), vem comprovar esta teoria.


"Crianças de 9 a 10 anos foram divididas em dois grupos: o primeiro teve lições de música por dois anos e o segundo, nenhum contato escolar com a disciplina. Após o período, os cientistas descobriram que aquelas que aprenderam a cantar e a tocar instrumentos tiveram melhor desempenho em leitura e em escrita. Elas conseguiam distinguir sons com mais facilidade que as demais e não tinham dificuldade de concentração em ambientes agitados.

Além disso, a música é um excelente incentivo à linguagem, por auxiliar na aquisição de vocabulário. Até a interpretação de texto é beneficiada pelo contato com as canções. “A memória operacional se desenvolve e faz com que a criança escute uma música e preste atenção ao que está sendo cantado. Ela consegue absorver a mensagem e o sentimento transmitido. Esse mesmo processo é encontrado ao ler um livro, que exige a concentração para dar significado à história”, explica o neurologista. Acredite: até o aprendizado de matemática é auxiliado, considerando que os números são símbolos, assim como as notas musicais."




Afinal a música não serve apenas para ocupar tempo livre das crianças como muitos país e professores tendem a afirmar, desvalorizando a mesma.



sexta-feira, 8 de julho de 2016

Atualização - Plano Nacional de Leitura 2016/2017

Já se encontra disponível a lista atualizada do Plano Nacional de Leitura para o ano letivo 2016/2017.
Para consultar a lista basta clicar no link:

 Plano Nacional de Leitura para o ano letivo 2016/2017


quinta-feira, 7 de julho de 2016

Plataforma para Ensino de Música: Cantar Mais

Foi lançada pela Associação Portuguesa de Educação Musical (APEM) uma plataforma digital que disponibiliza várias canções com arranjos e instrumentações originais de forma a facilitar o ensino e aprendizagem da música e divididas por diversas temáticas.


De nome "Cantar Mais" e financiada pela fundação Calouste Gulbenkian  e com o apoio da Direção Geral da Educação, a APEM afirma que nesta aplicação "a dimensão lusófona está bem presente no repertório, tendo a direção uma vontade clara de criar uma comunidade de utilizadores em todos os países de língua oficial portuguesa e comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo".




terça-feira, 5 de julho de 2016

Atividades de Praia para Crianças

Quando chega o verão, quase todas as crianças adoram ir para a praia.
A pensar nisso aqui ficam alguns jogos divertidos para fazer na praia.



1. Jogo da garrafa

Um jogo perfeito para os dias mais quentes do Verão, necessita de dois grupos de jogadores, 2 garrafas de plástico (de meio litro, por exemplo), 2 baldes e pequenos copos de plástico (um para cada jogador). Cada equipa tem de designar um dos seus membros para se sentar e colocar uma das garrafas de plástico na cabeça. Coloque um ou mais baldes de água (não convém que esteja muito fria) entre cada equipa e a pessoa que está sentada. Os jogadores de cada equipa formam duas filas e com um copo na mão correm, enchem o copo com água e deitam-na na garrafa que a pessoa sentada tem na cabeça. Quando regressarem, é a vez do jogador seguinte e assim consecutivamente. Ganha a equipa que conseguir encher primeiro a garrafa… e palmas para as pessoas que estiveram sentadas e certamente levaram com muita água pela cabeça abaixo!~

2. Tiro ao alvo na areia

Enquanto alguém desenha três alvos circulares na areia – um círculo grande com um médio e um pequeno no seu meio – peça às crianças para irem apanhar uma pedra cada. Depois, sente-as num semicírculo, distanciado cerca de 1m80cm do alvo (ou menos se as crianças forem mais pequenas). À vez, cada criança atira a sua pedra para o alvo e vai acumulando pontos: 3 pontos se acertar no alvo pequeno, 2 pontos se acertar no alvo médio e 1 ponto se acertar no alvo grande. Depois de cada criança ter atirado 5 vezes (pode ser mais), ganha quem tiver mais pontaria e mais pontos!




3. Prova de estafeta

Divida o grupo em dois – pode ser apenas crianças ou crianças e adultos – e posicionem-se à beira-mar. Coloque dois baldes das crianças brincarem, mas vazios, a cerca de 30 cm da água. O objetivo do jogo é transportar água do mar, com as mãos, para encher o balde. Os dois grupos competem em simultâneo e cada jogador joga à vez, correndo até à água, transportando-a com as mãos para o balde, dando depois lugar ao jogador seguinte. A equipa vencedora é aquela que consegue encher o balde com água primeiro.


4. Bolas a rolar

Com uma distância de cerca de 3 metros da linha da água, cave um pequeno buraco na areia que seja suficientemente grande para acolher uma bola de ténis. Depois, crie uma linha com mais 2 buracos atrás do primeiro buraco; uma terceira linha com 3 buracos e a última linha com 4 buracos – no final, terá criado uma espécie de triângulo. Posicionados atrás da última linha, cada criança pode lançar a bola de ténis, de forma rasteira, cinco vezes, sempre com o intuito de acertar nos buracos. O buraco próximo da água vale 10 pontos, os buracos da segunda fila valem 5 pontos, os buracos da terceira fila valem 3 pontos e os buracos da quarta fila valem 1 ponto. No final, ganha a pessoa que tenha conquistado mais pontos!



5. Caça às pedras e conchas

As crianças adoram procurar e apanhar pedras e conchas à beira-mar, por isso, porque não transformar isso num divertido jogo? Com recurso a um cronómetro, o objetivo pode ser apanhar o máximo de pedras ou conchas em dois minutos ou então ganha quem conseguir apanhar o maior número de pedras pretas ou conchas em forma de búzio. No final, aproveite as pedras e conchas recolhidas, coloque-as num frasco com uma etiqueta onde consta a data e o local, para a criança ter uma recordação desse Verão na praia!



Fonte: Site Pequenada.com

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Aplicações Pedagógicas Online

A Rede Nacional de Bibliotecas reuniu um conjunto de aplicações móveis com o intuito pedagógico e de fácil acesso.
Para instalar e ficar a conhecer basta clicar abaixo, e depois seleccionar qual a disciplina e a aplicação que mais se adequa.

Aplicações para Educação e Apoio


Uma recordação inesquecível: Professora deixa alunos desenharem em seu vestido como lembrança

Partilho convosco este texto/ notícia que achei fantástico. 
Uma professora dos EUA deixou, no último dia de aulas os seus alunos desenharem e pintarem no seu vestido.
Palavras da professora: "O que estou usando? Sala 219! Feliz último dia de aula com os meus preciosos Picassos!" e "É algo maravilhoso, mas é tão triste me apaixonar por essas crianças a cada ano e então ter de dizer adeus". 
Infelizmente, este ano também me tive de despedir dos meus meninos e foi um momento muito marcante.

Aqui ficam algumas imagens retiradas da sua página de Facebook, e uma recordação que ficará para a vida desta professora.







sábado, 2 de julho de 2016

Crianças do Pré Escolar não devem ser avaliadas


Foram hoje apresentadas as novas orientações para o Pré Escolar, e as mesmas são claras num aspeto: as crianças não devem ser avaliadas, ou seja, os jardins-de-infância não servem para classificar meninos.

Aqui fica o documento orientador para consulta:


Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar