sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Sugestões de como estabelecer regras com as crianças

"Tudo o que é pequenino tem graça, mas quando a pequenada se apercebe que tem vontades próprias, a graça pode transformar-se em desgraça! Falamos, naturalmente, das fases das birras, das crianças mimadas e incontroláveis que não nos dão descanso. Como qualquer ser humano, também os miúdos necessitam de regras básicas para poderem explorar e vingar no seu pequeno mundo… sem deixar os pais à beira de um ataque de nervos.



A importância das regras e dos limites

O pediatra norte-americano Berry Brazelton afirma que “para as crianças crescerem bem, precisam apenas de amor e limites” – o amor é fundamental para crescer com confiança e auto-estima; os limites são cruciais para a criança aprender o autocontrolo, para que possa viver em família e em sociedade. Ou seja, no que toca às regras de comportamento lá em casa (e fora dela!) é realmente de “pequenino que se torce o pepino”. A educação começa em casa e não tem de se sentir culpado por ser demasiado rigoroso – as crianças tornam-se adultos equilibrados porque viveram com regras e limites, não ao contrário.

Poucas e boas

Estudos de comportamento infantil revelam que as crianças respondem muito bem a regras, desde que sejam simples e limitadas em quantidade. A partir do momento em que a criança seja crescida o suficiente para perceber entre o que está certo e errado, estabeleça as regras que sejam adequadas à sua idade, de forma clara e uma de cada vez, para não as confundir. É melhor memorizarem poucas do que nenhumas. Sem perder a autoridade ou fazer muitas cedências, tente manter alguma flexibilidade: por exemplo, ao explicar à criança esta ou aquela situação, dê-lhe três possíveis cenários, pedindo-lhe que dê a sua opinião sobre qual o caminho certo a seguir. Para além de a envolver e fomentar a sua independência, torna a imposição de limites menos rígido e menos “pesado”, sendo a “negociação” a forma mais fácil de fazer com que os miúdos aprendam a respeitar as regras. Claro que estabelecer e impor limites aos seus pequenos anjos vai, por vezes, custar-lhe (é um sentimento normal), não vai ser fácil e demorará o seu tempo. Mas a paciência, o amor e a aprendizagem conjunta vão dar uma ajuda preciosa.



Como estabelecer regras

Quando quiser implementar uma regra, fale com a criança calmamente, explicando o que pretende da forma mais clara possível, perguntando-lhe várias vezes se tem dúvidas. Explique-lhe, de igual modo, quais as consequências do não cumprimento das regras. Os “castigos” devem ser bem claros e executáveis, ou seja, não diga que a vai privar de ver televisão uma semana se sabe que nunca terá a coragem de o fazer. Dê-lhe alguma liberdade dentro do cumprimento das regras, ou seja, se sabe que às 21h00 tem de ir para a cama e tem de lavar os dentes e arrumar os brinquedos antes de ir, deixe-a escolher o que quer fazer primeiro. As regras também podem ser divertidas!

Portei-me mal!

Se a criança “ameaça” não cumprir uma das regras, dê-lhe um aviso de 5 minutos, falando calma mas seriamente e lembre-lhe as consequências. Depois de verificar que a regra não foi cumprida ou foi parcialmente cumprida, pergunte-lhe porque é que não o fez, explique-lhe como é que se faz (no caso de ter tido alguma dificuldade) ou ajude-a a terminar a tarefa, dizendo que para a próxima já vai conseguir fazê-la sozinha. A forma mais fácil de uma criança se tentar livrar de cumprir as suas regras é fazer uma birra, no entanto, os adultos nunca devem ceder às birras infantis. Se chegar ao ponto que o castigo é necessário, não hesite em cumpri-lo, ou seja, não mude de ideias, não altere o castigo “prometido” – de outra forma, pode passar a ideia de que as consequências não são reais e tanto faz cumprir ou não as regras.

Portei-me bem!

Não se focalize demasiado no mau comportamento e procure dar igual atenção ao bom comportamento. Quando a criança arruma os seus livros ou lava as mãos sem ninguém lhe dizer nada, elogie-a e dê-lhe mimos – não há nada que as crianças gostem mais do que ser alvo da atenção dos pais (por bons motivos claro!), por isso, é natural que continuem a portar-se bem, só para continuarem a chamar a sua atenção. Quando a criança se portar bem e pedir alguma coisa com calma e educação, pondere fazer-lhe a vontade."





Texto retirado por completo do site: http://pequenada.com/

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